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Meu filho tem muita ansiedade nas atividades escolares. Isso pode estar associado a um transtorno de aprendizagem, como a dislexia?

Por Andre

A resposta que dei para essa pergunta foi: sim!

Vou te explicar.

A dislexia, transtorno que afeta a capacidade de leitura, escrita e soletração, é um distúrbio neurobiológico que não é causado por falta de inteligência ou esforço. Crianças com dislexia podem ter um risco aumentado de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e comorbidades, como outro transtorno do neurodesenvolvimento, por exemplo, o TDAH.

Crianças com dislexia enfrentam obstáculos no processo de aprendizagem da leitura e escrita, o que pode levar a dificuldades no desempenho escolar, como notas baixas e repetência.

Além disso, elas podem ter dificuldade em seguir instruções, entender conceitos abstratos e organizar seus pensamentos, o que afeta o aprendizado em diversos estudos revelam que estudantes com dislexia enfrentam dificuldades nos relacionamentos interpessoais, familiares e sociais, além de sentirem um constante desamparo devido ao baixo desempenho acadêmico. Esse cenário pode levar ao surgimento de comportamentos agressivos na sala de aula.

Esses fatores são indicativos de uma autoestima mais baixa em comparação com colegas que não possuem dislexia. Vale destacar que a autoestima é influenciada por vários aspectos, como a competição no ambiente escolar e o sucesso acadêmico.

A compreensão e o incentivo da família e de professores podem minimizar e até evitar esses desdobramentos. Uma criança e/ou adolescente com transtorno de neurodesenvolvimento precisa de pessoas que possam ser suporte emocional e de incentivo, para que se sintam acolhidas e motivadas a vencer seus desafios diários.

Sei que, atualmente, nossos professores muitas vezes estão desmotivados e perdidos em meio ao enorme apelo do mundo digital, muitas vezes exaustos e sem motivação para trabalhar.

Mas a maior arma do professor contra essa realidade ainda é a capacidade de vincular-se e despertar no seu aluno a paixão por aprender.

A mesma paixão que o fez escolher sua própria profissão. Quando o professor entende que se conectar com seus alunos e entender quem eles realmente são, de forma amorosa e sem julgamentos, até mesmo o estudante mais resistente pode se sentir mais à vontade para se aproximar.

Saber que existe alguém que se importa genuinamente com ele e com seu futuro pode mudar completamente suas opiniões sobre si e sobre seu desenvolvimento.

No contexto educacional, o vínculo entre professor e aluno é fundamental para que o aprendizado seja significativo.

A afetividade é um dos fatores que favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. A criança aprende através dos exemplos, das emoções e das experiências trocadas na interação com o outro.

Quando falamos de uma criança e/ou adolescente com um transtorno de aprendizagem, ou qualquer outro transtorno de neurodesenvolvimento, esse vínculo se torna ainda mais importante.

As relações são construídas e cabe ao adulto gerenciar esse processo, pois nossos pequenos e adolescentes estão em desenvolvimento e ainda não têm maturidade para gerenciar emoções e comportamentos como um adulto. Vamos Juntos!!

 

Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –

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