Metalúrgicos recusam proposta da CSN para fechar o Acordo Coletivo  

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Conforme a direção do Sindicato do Sindicato dos Metalúrgicos  do Sul Fluminense esperava, 96% dos metalúrgicos votantes rejeitaram, nesta quarta-feira, 25, a proposta feita na semana passada pela direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para o fechamento do Acordo Coletivo 2018. A votação foi realizada na Praça Juarez Antunes, no bairro Vila Santa Cecília, durante todo o dia. Dos 4.242 trabalhadores que votaram, 4040 disseram não para a proposta da empresa e 192 somente votaram sim, enquanto 7 votaram em branco e três nulos.

A proposta da empresa rejeitada pelos metalúrgicos foi reajuste salarial pelo INPC (1,69%), retroativo a 1º de maio. A empresa havia oferecido ainda Cartão Alimentação de 1,69%, passando de R$ 370 para R$ 376,25, um aumento de R$ 6, além de reajuste do reembolso do auxílio creche que, caso fosse aprovada passaria ser de R$ 551,15.

O presidente do Sindicato, Silvio Campos, disse que a proposta só foi levada à votação por valorizar a participação dos trabalhadores no processo e porque sabe que passa por uma exigência jurídica. A idéia, de acordo com o sindicalista, já era rejeitar. Silvio já havia dito que não tinha como aprovar uma proposta que não contem aumento real no salário, no cartão alimentação, carga extra no cartão e outros. Agora, o resultado será apresentado à empresa para em seguida marcar uma nova rodada de negociação.

Para Silvio Campos, o resultado da votação já era esperado por se tratara de uma proposta indecorosa da CSN. Disse que p resultado foi também para dar um basta à política de salários e reajustes baixos, praticados pela empresa, nos últimos anos, em nome da crise. Segundo ele, vários trabalhadores procuraram saber por que o Sindicato não recusou a proposta em mesa, mas em uma campanha salarial, é fundamental a mobilização de todos e isso só acontece se os trabalhadores participarem de todo o processo de negociação e deliberarem sobre ele. “Afinal, toda campanha salarial tem que ter em vista a possibilidade de uma paralisação na empresa e os trabalhadores é que decidem sobre isso. Inclusive, essa participação é uma exigência da Justiça do Trabalho”, disse.

O sindicalista lembrou ainda que, como se já não bastasse o acúmulo de tantas perdas salariais, sucateamento de equipamentos, que vem aumentando o número de acidentes dentro da Usina, agora essa miséria de reajuste que a empresa está oferecendo.

 

 

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