VOLTA REDONDA
Em votação realizada durante a quarta-feira, 5, a maioria dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) disse não à primeira proposta da empresa para o fechamento do Acordo Coletivo 2019/2020.
Dos 4188 votantes, 3925 disseram não para a proposta, 259 sim, dois anularam o voto, dois votaram em branco. Sendo assim, 93.72% dos trabalhadores decidiram não aceitara a proposta.
O assessor da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Antônio Rodrigues da Silva, garantiu que o resultado da votação já era esperado, pois o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do período supera os 5% e a oferta da empresa para o reajuste salarial.
ARROCHO SALARIAL
A direção do Sindicato afirmou ser incrível como uma empresa do porte da CSN, que se diz uma das maiores siderúrgicas da América do Sul, continua com o que considera ‘política de arrocho salarial’. E assim desvalorizando, cada vez mais, o seu maior patrimônio: os trabalhadores.
Os sindicalistas destacaram que os metalúrgicos não podem mais trabalhar de cabeça baixa e aceitar tudo o que a empresa tenta convencer como verdade. “A grande verdade é que os funcionários dessa empresa são altamente qualificados e só eles são capazes de fazer com que essa siderúrgica tire leite de pedra. E, ainda sim, conseguir um lucro líquido de mais de R$ 5 bilhões, como foi em 2018”, declararam.
Para os sindicalistas, o resultado da votação expressou claramente o grau de insatisfação dos trabalhadores no chão da fábrica. Alertaram também que o presidente e os acionistas da CSN têm que encerrar o que consideraram como “exploração e falta de valorização dos metalúrgicos”.