Metalúrgicos da CSN votam a favor do turno de 8 horas na UPV em Volta Redonda

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Em votação realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense nessa quinta-feira, 23, na Praça Juarez Antunes, no bairro Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, a implantação do turno de revezamento ininterrupto de 8 horas na Usina Presidente Vargas (UPV), da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), foi aprovada. A maioria dos trabalhadores que fazem turno de revezamento, ou seja, 59,45%, disse sim para a última proposta oferecida pela empresa na semana passada. O novo horário deverá entrar em vigor, segundo a direção do Sindicato, a partir do dia 10 de dezembro.
Votaram no total 3.971, sendo que 2.202 votaram a favor da implantação do novo turno, e 1.742, 43,9%, preferiram votar na opção não. Foram contatos 20 votos nulos e sete em branco. Segundo lembraram os representantes da empresa, este regime e outros semelhantes, de 8 horas e 12 horas já são adotados por todas as concorrentes. Lembraram ainda que, a mudança proposta deve alavancar a produtividade e a competitividade da empresa e garantir a viabilidade operacional da UPV.
De acordo com a empresa, a escala e os horários de trabalho deste novo regime serão escolhidos pelos próprios colaboradores e poderão ser revisados após um ano. O acordo aprovado também prevê pagamento de abono em duas parcelas e crédito extra no cartão alimentação dos colaboradores do regime de turno, além de garantir a não redução dos postos de trabalho em razão da implantação do turno de 8 horas, mantendo assim o turno normal da empresa.
Vale lembrar que, depois de ter recorrido ao Ministério do Trabalho e Emprego (MPE), a CSN participou na na semana passada de uma reunião com o Sindicato intermediada pelo representante do MPE, Luiz Felipe M. de Assumpção. Na ocasião as duas partes chegaram a uma proposta para a mudança da jornada do turno ininterrupto de revezamento. A direção do Sindicato reafirmou sua posição, recusando a proposta na mesa, já que para os sindicalistas, é condição primordial que a empresa assumisse o compromisso de manter os empregos. Pois, segundo o presidente do Sindicato, Silvio Campos, com o fim de uma letra, cerca e mil empregos estariam em risco.

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