Mercado pet amplia faturamento com crescimento alavancado pelo segmento de alimentação

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RESENDE
O mercado pet não foi afetado pela crise econômica causada pela pandemia, pelo contrário, está em crescimento, como mostra um estudo divulgado pelo Instituto Pet Brasil no último dia 14 de março, Dia dos Animais. Segundo os dados, em 2020 o faturamento do setor cresceu 15,5% no Brasil, e em 2021 houve uma ampliação de 22,1%, com o faturamento ultrapassando os R$ 50 bilhões. O estudo aponta que este crescimento foi alavancado pelo segmento de pet food, que representou R$ 28 bilhões. O Brasil tem a segunda maior população de cães e gatos do mundo, e é o terceiro maior país em população total de animais de estimação – cerca de 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos, além de milhões de outros animais domésticos entre peixes e aves. Com cães e gatos integrando milhares de famílias brasileiras, a preocupação com a escolha da alimentação dos pets é uma realidade e cada vez mais o mercado pet food vem abrindo espaço para o segmento de alimentação natural.
Segundo a médica veterinária Gabriela Faria Buys Gonçalves, doutora em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas, o segmento natural de alimentos industrializados para pets cresceu nos últimos anos impulsionado pela demanda do consumidor. O aumento da demanda por esses produtos tem se centrado na crença dos tutores de que eles são de alta qualidade e seguros e proporcionam benefícios funcionais à saúde. “Diferentes definições regulatórias foram descritas para ingredientes e produtos de ração natural para pets. No entanto, a maioria dos consumidores têm suas próprias percepções do que deve ser considerado natural com base em experiências pessoais, preconceitos ou preferências. O termo natural, quando usado para rações comerciais para pets, foi definido pela Association of American Feed Control Officials (EUA) e exige, no mínimo, que a ração seja preservada com conservantes naturais. No entanto, os tutores podem considerar natural como algo diferente desta definição”, explica veterinaria.
De acordo com Gabriela, que é professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio em Resende e Volta Redonda, a tendência popular de “natural pet food” concentrou-se na inclusão de ingredientes integrais, incluindo carnes, frutas e legumes na alimentação; em evitar ingredientes considerados altamente processados, incluindo grãos refinados, fontes de fibras e subprodutos; e ainda alimentação de acordo com filosofias nutricionais ancestrais ou instintivas.

A professora da Estácio frisa que a inclusão de ingredientes alimentares integrais em alimentos naturais para pets, em oposição a ingredientes fracionados, pode resultar em maiores concentrações de nutrientes, incluindo fitonutrientes (substâncias bioativas presentes em vegetais e frutas). Porém, deve ser levado em consideração que esses adicionais também elevam o preço do produto. “Os tutores devem sempre buscar orientação de seu médico veterinário de confiança para a decisão de qual seria a melhor opção a oferecer ao pet, levando em consideração os benefícios para a saúde e longevidade do animal, e quanto o tutor dispõe de seu orçamento”, orienta. Ela ainda explica que os petiscos podem ser dados aos pets também sob orientação do médico veterinário, sempre visando o bem-estar e saúde física do animal. “É entendível que os tutores se sintam felizes ao dar uns agrados ao filho de quatro patas. Nada de exagero, mas, vez ou outra, nos intervalos estabelecidos pelo médico veterinário, os petiscos são benefícios mútuos”, complementa.
CURSO DE MEDICINA

O curso de Medicina Veterinária da Estácio é oferecido na região Sul Fluminense em Resende e Volta Redonda, na modalidade semipresencial, com duração de cinco anos. Informações sobre este e outros cursos ofertados pela Estácio na região podem ser obtidas pelos telefones (24) 99316-7505 (Estácio Resende) e (24) 99321-3131 (Estácio Volta Redonda), ou presencialmente nas unidades.

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