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Meninas da Colina fecham temporada com título da Copa Lifferj

Por Andre
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RIO DE JANEIRO

O clube que revelou Marta, a maior jogadora de todos os tempos, o Vasco da Gama continua firme e forte em seu trabalho de descoberta de talentos para o Futebol Feminino do país. A metodologia desenvolvida pelo Cruzmaltino é espetacular e mais uma prova da qualidade da mesma foi dada no último domingo. Mesmo com uma equipe repleta de atletas da categoria Sub-17, o Gigante se sagrou campeão da I Copa Lifferj, competição adulta organizada pela Liga de Futebol Feminino do Estado do Rio de Janeiro.

A campanha cruzmaltina ao longo de toda a competição foi espetacular. Foram sete vitórias e um empate em oito jogos disputados. O time dirigido pelo treinador Anthony Menezes marcou 22 gols e sofreu apenas três. Na grande decisão, realizada em Marechal Hermes, as Meninas da Colina justificaram o favoritismo e não tomaram conhecimento do Búzios/Seven. Com uma exibição de gala, as vascaínas triunfaram pelo placar de 4 a 0, com gols de Juliana Pacheco, Carol Lage, Kaylane e Mylena.


“Esse foi um ano diferente porque não trabalhamos com as categorias sub-20 e adulta. Tivemos que iniciar do zero a montagem de uma equipe sub-17. Foi um começo difícil, principalmente porque tínhamos atletas que jogavam há cinco anos no clube e foram seguir seus passos em outros clubes porque estouraram a idade. Essa nova geração de “Meninas da Colina” foi aos poucos entendendo o que significa vestir essa camisa. Fomos trabalhando e surgiu essa competição, que foi difícil por se tratar de um torneio adulto. Nossa média de idade é de 16 anos, mas apesar de serem jovens, as meninas foram gigantes e coroaram o ano com essa conquista”, afirmou o treinador Anthony Menezes.

Semifinalista da Liga Nacional Sub-20 em 2016, o Vasco da Gama teve todo seu planejamento para a atual temporada prejudicado em virtude de uma lamentável decisão dos organizadores do Campeonato Brasileiro, que ignoraram o histórico alvinegro e não convidaram o clube para a disputa da Série A1. Por não concordar com a decisão, o Cruzmaltino, um dos maiores campeões e fomentadores da modalidade no país, abdicou de disputar a Série A2 e acabou perdendo suas principais atletas, caso, por exemplo, de Angelina, campeã nacional pelo Santos.

“O Vasco sempre teve uma grande tradição na formação de atletas e no futebol feminino nunca foi diferente. O clube sempre investiu e acreditou na modalidade, tanto é que revelou a Marta, a maior artilheira da Seleção Brasileira, a principal jogadora da história do esporte. A base sempre foi forte e sempre revelou talentos. Hoje, por exemplo, é possível ver jogadoras que começaram aqui tendo destaque em outros clubes, casos da Angelina, da Brena, da Larissa Coutinho e da Jully, por exemplo. A decisão nos pegou de surpresa, perdemos atletas, foi difícil, mas com o apoio do Departamento Infanto-Juvenil, que é conduzido pelo vice-presidente Mourão e oferece todo o suporte para a modalidade, voltamos nosso trabalho para a formação e hoje estamos colhendo os frutos”, acrescentou o técnico.

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