Máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o coronavírus

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SUL FLUMINENSE

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em recente entrevista coletiva, pediu que os brasileiros usem as máscaras caseiras de proteção.  Segundo o ministro, o uso delas impede que pessoas sem sintomas, mas infectadas, transmitam a doença. A Sociedade Brasileira de Infectologia, também concorda com o pedido do ministro. Em comunicado, a entidade afirma que as máscaras são uma barreira mecânica para evitar que as gotículas da fala, tosse ou espirro atinjam outras pessoas ou superfícies – mas não evitam que a pessoa com a máscara se contamine. Por isso, é necessário seguir com as medidas de distanciamento social, higienização das mãos e evitar tocar olhos, bocas e nariz.

A entidade também destaca que estudos apontam que até 60% das transmissões do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ocorrem por meio de pessoas sem sintomas da doença Covid-19, ou seja, casos assintomáticos.

Outro fator é que com o aumento da disseminação do novo coronavírus, a população tem comprado em demasia as máscaras clínicas em farmácias. O fluxo menor de entregas de produtos e a alta demanda comprometem um abastecimento suficiente para todos, assim faltam unidades, não somente para os consumidores, mas especialmente para profissionais de saúde.

E quem também orientou a fazer máscaras caseiras foi o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, ontem, durante a atualização do número de casos na cidade do Aço. Ele disse que é mais uma ação para fazer com que mais pessoas não contraiam o vírus. Samuca prometeu que irá intensificar a campanha a favor do uso da máscara e na divulgação de links ensinando confeccionar a peça. “Todas as pessoas que saírem às ruas deveriam usar máscaras. Essa medida ajuda a evitar que a pessoa, caso esteja contaminada, passe o vírus para outras. Mais uma maneira de prevenção”, destacou o prefeito.

Para a proteção, o Ministério da Saúde orienta a produção de modelos simples, de pano, que também funcionam como barreiras na propagação da doença. Além de eficiente, é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus no Brasil.

Mas atenção, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano. Além disso, é de uso individual. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

Onde usar

A orientação é que a máscara seja utilizada sempre que houver necessidade de sair de casa. A pessoa deve carregar sempre uma máscara reserva, guardada em uma sacola plástica ou higienizada.

Higienização

Antes de qualquer coisa, é preciso higienizar bem as mãos antes e depois de manusear a máscara. Tocar o rosto ou a máscara com dedos não desinfetados pode prejudicar a eficácia da máscara. Não se deve tocar nela enquanto usa.

As máscaras podem ser lavadas com água e sabão, água sanitária ou mesmo hipoclorito de sódio. Devem ser deixadas de molho por 20 minutos, segundo o Ministério da Saúde.

A orientação é de que as máscaras sejam utilizadas por cerca de duas horas, sendo necessária a troca após o período. O ideal, ainda de acordo com a pasta, é que cada pessoa tenha ao menos duas máscaras de pano.

VENDAS

Quem comemora a recomendação do Ministério da Saúde, é o dono de uma confecção, Jean Reis, de Barra Mansa. Sua empresa, especializada em confecção de uniformes, encontrou nas máscaras uma forma de não paralisar as atividades.  “Começamos a produzir com o tecido que tínhamos em estoque, pois nossos fornecedores também paralisaram as atividades, mas estamos conseguindo comprar novos tecidos através do delivery e realizando a venda online’, destacou.

Além disso, as máscaras têm sido vendidas a baixo custo, R$ 8, para ajudar a população. “Nossas máscaras seguem a recomendação do Ministério da Saúde, fizemos a baixo custo para poder ajudar a população a se cuidar. Estamos com bom número de vendas, ainda mais agora depois da autorização do ministério”, observa.

Outra pessoa que está confeccionando máscaras é a comerciante Dirlene Tavares, 53 anos, que está vendendo a baixo custo para ajudar a quem precisa. Residente no bairro Retiro, onde também tem uma loja de aluguel de fantasias e confecção de roupas, disse ao A VOZ DA CIDADE que, com a impossibilidade de trabalhar, devido às prevenções necessárias no momento, pensou na confecção das máscaras desde o princípio da pandemia, que atingiu a todos. “Aguardei a liberação do ministro Luiz Henrique Mandetta, para que pudesse realizar o serviço com a devida segurança. E logo que não pude abrir a loja, decidiu confeccionar as máscaras”, contou a comerciante, informando que inicialmente e decidiu vender uma peça a R$ 5, pois além de ajudar um pouco nas finanças nesse momento difícil, vai poder ajudar muitas pessoas a evitar o coronavírus.

Ela contou que iniciou a confecção na quarta-feira, 1º, e ontem já tinha mais de 300 encomendas. “De um dia para o outro a procura aumentou consideravelmente. Assim vou poder contribuir para que muita gente fique protegida”, disse.

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