BRASÍLIA E BARRA MANSA
“Acredito que a justiça vai ser feita. E se ela for feita, eu vou voltar para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj”. A frase é do ex-deputado e ex-vereador Marcelo Borges, o Marcelo Cabeleireiro, que ao A VOZ DA CIDADE disse estar otimista com relação ao despacho assinado na última sexta-feira, dia 23, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, pedindo à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, que tome as providências necessárias para a troca de sete deputados.
A reviravolta seria reflexo do resultado do julgamento do STF que alterou as regras de distribuição das sobras eleitorais e que, com a mudança, pode provocar a perda de mandato e a substituição de deputados. A decisão do STF, tomada por 6 votos a 5, estabeleceu novos critérios para o preenchimento das vagas remanescentes nas casas legislativas. As novas regras exigem que o partido alcance pelo menos 80% do quociente eleitoral e que o candidato tenha no mínimo 20% desse quociente. Essa mudança impactou diretamente a composição de assembleias e câmaras municipais em todo o país.
Em março, o STF já havia decidido invalidar uma regra do Código Eleitoral sobre as sobras eleitorais e a corte entendeu que todos os partidos, sem exceção, podem participar da divisão das cadeiras remanescentes. Com a decisão de Dino, Marcelo pode assumir o cargo a qualquer momento.
“A esperança de assumir a gente sempre tem, né? Mas sabemos que questões jurídicas são complicadas e cada um tem um pensamento, uma posição. Isso aí já é uma ação que está rolando desde 2022, antes das eleições. Houve diverso entendimentos e o último agora é que ela valeu para 2022 e se valeu para 22 a gente vai assumir porque o efeito vem em cascata, porque infringiu uma norma constitucional. E acredito que a justiça vai ser feita. E se ela for feita, eu vou voltar para a Alerj. Mas, se não conseguir, independente desse resultado, eu sou pré-candidato a deputado estadual, embora ainda não tenha definido o partido”, afirmou Marcelo.
Em 2022, Marcelo somou 31.556 votos, mas não foi suficiente para garantir sua reeleição na Alerj. Em 2024 disputou o cargo para prefeitura de Barra Mansa e ficou em segundo lugar nas urnas, com 36.600 votos. Ele adiantou quais serão seus primeiros passos, se tiver que novamente conduzir o cargo de deputado estadual.
“Se eu retornar vou ouvir as entidades, os prefeitos, os vereadores, as lideranças e colocar o mandato à disposição e ver aquilo que a população mais necessita. Vamos poder ajudar as pessoas, através de projetos de lei e brigar por melhorias para a região, além de montar uma estrutura para a reeleição”, finalizou.