Mapa de Risco da Covid-19 do Estado do Rio está quase totalmente no vermelho

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RIO/SUL FLUMINENSE

Segundo um levantamento realizado pelo A VOZ DA CIDADE, através do Mapa de Risco de Covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a propagação do vírus voltou a crescer. A 12ª e última atualização do gráfico da SES, divulgado no dia 23 de dezembro, aponta que, das nove regiões do estado, cinco estão em ‘Alto Risco’ de contaminação (bandeira vermelha). É a primeira vez que o estado atinge esse nível de risco, desde que o governo estadual começou a fazer o monitoramento por meio do Mapa de Risco, em julho. O professor associado da Universidade Federal Fluminense de Volta Redonda, Aydamari João Pereira Faria Júnior, que faz parte do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, e realizou por meses o acompanhamento dos dados da Covid-19, destacou que o cenário poderá ser ainda pior no fim de janeiro, por reflexo dos eventos de fim de ano.

Desde a penúltima atualização, que ocorreu no dia 10 de dezembro, em um intervalo de apenas 13 dias do gráfico mais atual, o cenário mudou completamente, deixando o estado quase totalmente no vermelho. Uma das regiões afetadas, que se encontra nesse grupo de ‘Alto Risco’ é Baia da Ilha Grande, onde se encontra o município de Angra dos Reis que está com quase 100% dos leitos para Covid-19 ocupados. A última atualização da doença, realizada pela prefeitura no dia 5 de janeiro, mostra que o município já confirmou 9.499 casos, sendo que 8.705 já estão recuperados, e 279 pessoas foram a óbito, restando 515 pessoas com o vírus ativo. O município possuí 75 leitos públicos, sendo que 62 estão ocupados, totalizando 82,67% de ocupação.

Na região Centro-Sul e Médio Paraíba o alerta ainda está em bandeira laranja, indicando ‘Risco Moderado’, contudo, há apenas dois meses o indicativo era de bandeira amarela (Risco Baixo).  Aydamari destacou que até o fim deste mês, a situação pode se agravar, não apenas na região, mas em todo Brasil. “Não digo isso apenas pelos eventos de Natal e Ano Novo, que geraram confraternizações, mas também por causa do comércio que gerou grande movimento”, disse, completando que há também os atrasos na divulgação dos dados, fazendo com que o número seja menor do que realmente é. “É algo preocupante e a partir da segunda quinzena de janeiro isso ficará mais evidente”, lamentou.

Além da Baía da Ilha Grande, as outras regiões que estão classificadas com bandeira vermelha são: Metropolitana I, Baía da Ilha Grande, Serrana, Norte e Noroeste. As cinco localidades concentram 75,58% da população fluminense. As recomendações de isolamento social são orientadas de acordo com cada nível de risco, representado por uma cor de bandeira, que varia entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

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