RESENDE/QUATIS
A manobra Escolar que está sendo realizada em Resende e Quatis está proporcionando a integração entre os diversos cursos da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O encerramento do exercício, que visa proporcionar aos cadetes a vivência de uma missão contextualizada em situações-problema, termina nesta sexta-feira. Desde o dia 16, mais de dois mil militares da Aman e do Batalhão de Comando e Serviços (BCSv) estão participando da Manobra Escolar. A atividade também conta com a presença de 685 militares e do apoio logístico e operacional de diferentes Organizações Militares do Exército Brasileiro.
A Manobra Escolar consiste em reproduzir um conflito continental em que operações Ofensivas, Defensivas, de Cooperação e Coordenação farão parte da estratégia para alcançar o objetivo. Um ambiente real onde será executado o Combate Contemporâneo, com Operações no Amplo Espectro, “Guerra no meio do povo”, não-linearidade, ambiente incerto, ações de Forças Irregulares, coordenação com agências, interação com a mídia, ações ligadas à Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear e “Combate do Futuro” com a temática de Guerra Eletrônica e Defesa Cibernética.
A transposição de curso d’água foi um dos exercícios previsto na situação-problema que orienta a Manobra. A Atividade que integra as armas de Cavalaria, Infantaria e Engenharia, a transposição foi feita na madrugada de terça para quarta-feira, dia 18 sobre o Rio Paraíba do Sul com meios de engenharia conduzidos pelos cadetes.
Para o curso de Engenharia, o dia foi de intensa preparação às margens do rio. “Realizamos uma reunião inicial do material de engenharia, na qual os meios são dispostos para adestrarmos ainda mais nossa tropa. Quando o treinamento acabar, nos deslocaremos para a zona final de reunião de material de engenharia e estaremos prontos para receber a Cavalaria e a Infantaria”, detalhou o major Clériston, do curso de Engenharia.
Ao longo do dia, a missão das viaturas blindadas da Cavalaria foi permanecer em condições no aguardo de novas ordens na chamada Zona de Reunião, momento que integra a preparação para a transposição de curso d’água. De acordo com o capitão Eggres, do curso de Cavalaria, 97 militares são empregados no exercício. “O regimento será empregado como força com maior poder relativo de combate, ação de choque mais elevada, para ações de conquista e manutenção do terreno”, explicou.
Comandante da Segunda Seção Leve de Manutenção da Manobra Escolar, o cadete Drummond destacou as ações do curso. “Aqui fazemos um apoio mais detalhado, pois temos meios de fazê-lo. Podemos garantir a segurança dos disparos dos blindados e temos condições de realizar salvamentos de viaturas, além de termos uma viatura oficina com diversos meios de manutenção”, disse Drummond.
Elemento fundamental para a integração de todas as demais armas e quadros, a arma de Comunicações também mostrou-se em prontidão para cumprir sua missão. Segundo o comandante do curso, Tenente-Coronel Joselito, a Manobra mobiliza 100 cadetes, muitos dos quais em posições fundamentais para a aplicação estratégica das comunicações em combate.
“Os cadetes do quarto ano representam os oficiais de Estado-Maior, os do terceiro ano assumiram as funções de chefes dos centros de comunicações com os principais serviços, e os do segundo ano estão inseridos na estrutura do sistema rádio, com operações de logística e sistema de mensageiros”, detalhou.