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Manifesto assinado por 100 pesquisadores educacionais é divulgado em audiência sobre violência na escola

Por Carol Macedo
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ESTADO/SUL FLUMINENSE

Foi realizada nesta quarta-feira, na Alerj, uma audiência pública que debateu o tema “Violência na Escola e Contra a Escola”, promovida pela Comissão da Criança, Adolescente e da Pessoa Idosa, presidida pelo deputado Munir Neto (PSD). Como resultado, foi divulgado um manifesto assinado por 100 pesquisadores de universidades públicas e privadas, institutos e órgãos diversos com propostas a serem implementadas como políticas públicas, pelo Governo do Estado, para combater a violência estrutural na comunidade escolar.

Na audiência o documento foi lido pela psicóloga Naura dos Santos. O documento foi organizado pelo Prof. Dr. Antonio Carlos de Oliveira e pela Profª. Dra. Ariane Rego Paiva, ambos da PUC-Rio. Munir vai encaminhar o documento ao governador Cláudio Castro e à secretária de Educação, Roberta Barreto, ainda esse mês.  “Reunimos um grupo de pesquisadores para juntos pensarmos nessa questão importantíssima. Um ataque a uma escola não é um fato isolado. É parte de um ecossistema claramente falho. E cuidar da criança e do adolescente é um dever de toda a sociedade”, disse Munir.

A audiência foi sugerida pela deputada Carla Machado (PT), membro da Comissão, após os recentes episódios de ataques e ameaças a escolas no Rio de Janeiro e no Brasil. “Precisamos todos trabalhar em conjunto e ouvir os jovens”, comentou a deputada.


No documento dos pesquisadores, ligados a diversos campos do conhecimento, como educação, saúde e assistência social, algumas propostas de políticas públicas são apontadas como urgentes. Entre elas: controle de posse e circulação de armas, promoção de uma cultura de paz, enfrentamento ao bullying, ações de mediação de conflitos, atividades continuadas de cultura, lazer e valorização dos jovens, política educacional baseada no respeito à diversidade, inteligência policial para combater na internet perfis propagadores do ódio e responsabilização das plataformas que abrigam tais grupos e criação de planos de ação para as escolas diante de situações de emergência.

Participaram da audiência deputados de diversos partidos, pesquisadores e especialistas da Fiocruz, das universidades UFRJ, UniRio, Uerj, UFF e Souza Marques; da Coordenadoria da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado do Rio, da Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Rio de Janeiro da Sociedade de Mediação de Conflitos, além de profissionais de saúde.

O documento completo está disponível no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSczIknF3fu8LClBOBrtp7DpLRa0UvtF4FOBeTUDKXpCxqvc7Q/viewform.

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