BARRA MANSA
Hoje, dezenas de pessoas se reuniram na Praça da Matriz de São Sebastião, no Centro de Barra Mansa, pedindo justiça pela morte da jovem Maria Júlia, de 16 anos, morta dentro de casa no bairro Piteiras, há um mês. Os manifestantes invadiram a delegacia.
O A VOZ DA CIDADE acompanhou o ato. Os pais pediram para que os investigadores trabalhassem com o coração, pois nada trará a vida da jovem, mas que todos precisam de respostas e existe um assassino a solta. “Sempre digo que se for pra ser a última vez, que eu seja a última mãe a passar por essa dor. Por esse sofrimento. Não podemos continuar com essa agonia. Nada vai trazer a vida da minha filha, mas saber o que houve e que quem cometeu o crime foi punido, vai amenizar nossa dor” disse a mãe Cristina Fonseca. “Essa pessoa que fez isso não pode continuar solta. Dormindo tranquilo. Por aí, como se não tivesse feito nada. Quem garante que ele não vai fazer de novo?”, completou a mãe.
Questionada, ela disse que gostaria de pedir as autoridades que investigassem com amor, com o coração. Ela lembrou que o que aconteceu com a filha dela poderia ter acontecido com qualquer um, inclusive com os filhos deles.
Já o pai, Paulo Fonseca, antes de ir para a delegacia, falou com nossa equipe o quão difícil está sendo continuar. “Voltamos a trabalhar, pois ajuda a distrair a cabeça. Mas não voltamos para a casa. Temos um filho de 24 anos e nossos cuidados redobraram”, comentou.
Uma autoridade policial conversou com os pais. Ele explicou que a investigação, que compete a Polícia Civil, foi feita e já seguiu para o Ministério Público, inclusive já foi feito um pedido de prisão temporária. Mas, os agentes aguardam o retorno, assim como o resultado dos exames feito após a morte da jovem. Os policiais não citaram nada sobre o suspeito.
Uma pessoa chegou a ser encaminhada no dia da morte da Maria Júlia para a delegacia, mas não ficou presa por falta de provas.
Com a imprensa, a Polícia Civil não passou detalhes sobre as investigações e nem sobre o ato de hoje.
Os pais disseram ao A VOZ DA CIDADE que ficam mais tranquilos com a resposta dada hoje, mas que vão continuar cobrando e farão novos atos, inclusive para pedir mais agilidade ao MP.
O CASO
Maria Júlia foi encontrada caída sem vida no chão da cozinha. Ela tinha sinais de estrangulamento e o rosto estava machucado. O corpo foi encontrado pelos pais. “Ela ia na casa de uma amiga fazer bolo e estava se arrumando, falando conosco pelo celular. Meu filho estava em casa com ela, e saiu. Quando retornamos, a encontramos sem vida”, lembrou Paulo.
Um suspeito chegou a ser preso no mesmo dia. Mas negou que tenha participação no crime e foi solto. A polícia segue com as investigações e trabalha com a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte.
O fato foi registrado na 90ª Delegacia de Polícia (DP) como homicídio.