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Caso Maju: ‘Maiquinho’ chega à 90ª DP e se nega a falar sobre o crime

Por Mônica Vieira
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BARRA MANSA

Maicon Douglas dos Santos Nascimento, o ‘Maiquinho’, de 22 anos, chegou no início desta tarde da sede da 90ª Delegacia de Polícia de Barra Mansa para prestar depoimento sobre o assassinato da jovem Maria Júlia, a Maju, de 16 anos, ocorrido no final de outubro. O rapaz, contudo, se negou a falar sobre o caso.

Segundo apurado pelo A VOZ DA CIDADE, ele tinha dado entrada em uma espécie de clínica de reabilitação, em Angra dos Reis (Santa Rita do Bracuhy), onde acabou se ferindo. Após a repercussão da foto dele pela mídia, o mesmo foi reconhecido durante atendimento médico. “Parece que nesse local, ele prestava alguns serviços e fazendo um deles, ele caiu e quebrou o pé. Ao procurar um hospital do Bracuhy, acabou sendo reconhecido pelos funcionários, que acionaram os agentes do 33° Batalhão da Polícia Militar (BPM), que o prenderam na noite de terça-feira, dia 10”, disse um policial civil ao A VOZ DA CIDADE.

Ele foi capturado após denúncia anônima, em cumprimento de mandado de prisão temporária (30 dias), expedido pela Justiça de Barra Mansa. “Ele deixou hoje a delegacia de Angra (166ª DP) e uma equipe o levou até Volta Redonda (93ª DP), onde foi pego pelos agentes da 90ª DP e trazido para Barra Mansa, onde prestou depoimento. Contudo, se negou a falar sobre o crime. Condenado, a pena dele pode passar de 20 anos”, contou um policial, lembrando que Maicon será encaminhado para a Casa de Custódia (Cadeia Pública Franz de Castro, no Roma, em Volta Redonda, ainda nesta quarta-feira.

Ele chegou nesta tarde na 90ª DP – MÔNICA VIEIRA

DELEGADO FALA SOBRE A REPERCUSSÃO E PROVIDÊNCIAS

O delegado Ronaldo Aparecido, titular da 90ª DP, em entrevista a um programa de rádio nesta manhã explicou que estava há quatro semanas com o mandado de prisão temporária de Maicon. A autoridade o qualificou já como autor da morte da jovem.

Ronaldo explicou que a população deve entender que o caso seguia em sigilo e que portanto, a Polícia Civil não podia dar detalhes da investigação. Mas que Maiquinho já era considerado foragido desde que o mandado havia sido expedido pela Justiça de Barra Mansa.

O caso voltou a ter repercussão na tarde de terça-feira, depois que saiu o resultado do exame de DNA, feito em Maicon na primeira vez que ele foi preso, na mesma noite do crime. Ficou comprovado que o mesmo teve contato com a jovem, conhecida como Maju, naquela noite do crime e que ela entrou em luta corporal com ele, lutando para não morrer. Sendo assim, ela o feriu e ficou com resquícios de sua pele nas unhas, o que possibilitou a sua identificação. Contudo, a menina foi estrangulada.

Questionado sobre as várias manifestações feitas pela família e amigos da Maria Julia, cobrando solução ágil da família, o delegado explicou que entende que casos como esse ganham grande comoção popular, mas que em nenhum momento a polícia deixou de atuar nas investigações, mas que precisava agir dentro da lei. Ele também agradeceu a toda a sua equipe pela atuação, para apurar a causa da morte, e também aos peritos que trabalharam no caso.


DESABAFO

Em recente entrevista ao A VOZ DA CIDADE, a mãe da Maria Julia, Cristina Fonseca, desabafou, pedindo que: “a Polícia Civil apure o caso com carinho, com mais amor. Gostaria que eles investigassem quem matou a minha filha, como se tivesse acontecido com eles”, comentou Cristina, que também falou: “Quero Justiça e que nenhuma mãe passe pelo o que eu estou passando. Se for pra haver mudança, que algo seja feito, que eu seja a última mãe a passar por essa dor”, comentou ao A VOZ DA CIDADE.

No mesmo dia, a mãe, o pai, Paulo Fonseca, familiares e amigos, fizeram uma manifestação na Igreja Matriz de São Sebastião, no dia 22 de novembro, e depois seguiram até a sede da 90ª DP, onde fizeram um ato pedindo justiça e depois ‘invadiram’, de forma ordeira, a unidade, para cobrar satisfações. Na ocasião, policiais receberam o casal e atualizaram sobre a situação, mostrando que o caso não estava parado.

O CASO

Maria Júlia foi encontrada caída sem vida no chão da cozinha. Ela tinha sinais de estrangulamento e o rosto estava machucado. O corpo foi encontrado pelos pais. “Ela ia na casa de uma amiga fazer bolo e estava se arrumando, falando conosco pelo celular. Meu filho estava em casa com ela, e saiu. Quando retornamos, a encontramos sem vida”, lembrou o pai da jovem, Paulo Fonseca.

Maicon chegou a ser preso no mesmo dia. Mas negou que tenha participação no crime e foi solto. A polícia segue com as investigações e trabalha com a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte.

O fato foi registrado na 90ª Delegacia de Polícia (DP) como homicídio.

INVASÃO NA DELEGACIA

No dia 22 de novembro, dezenas de pessoas seguiram da Igreja Matriz de São Sebastião, no Centro de Barra Mansa, até a 90ª DP para cobrar satisfações da Polícia Civil sobre as investigações da morte da jovem Maria Júlia. Os manifestantes chegaram a ‘invadir’ a unidade, sendo recebidos pelos policiais. Os pais, Paulo e Cristina, pediram que o caso seja tratado com mais carinho e feito a checagem com o coração. Os agentes explicaram na ocasião que a parte da Polícia Civil já foi feita e que aguardavam um posicionamento do Ministério Público para novas providências.

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