Maioria das MPEs fluminenses aguarda retomada pela flexibilização

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SUL FLUMINENSE

A segunda edição da pesquisa “As dores dos pequenos negócios no Rio de Janeiro” aponta que 34,8% dos empresários se sentem capacitados, mas não desenvolveram planos especiais para esse momento; 28,7% elaboraram um plano de reabertura; 18,8% não se sentem aptos a retomar suas atividades e 17,6% não souberam avaliar a situação do seu negócio. Os dados foram coletados pelo Sebrae Rio que ouviu 435 donos de pequenos negócios, entre os dias 2 e 22 de junho, para entender se os empreendedores fluminenses estão preparados para voltar à funcionar.

O levantamento revela que 84,7% das micro e pequenas empresas no estado irão reabrir quando forem autorizadas, 12,9% ainda não se sentem seguros para a reabertura e apenas 2,5% não pretendem retomar suas atividades. Para garantir a segurança de clientes e funcionários, 70,7% já fizeram as adaptações necessárias; 19% já estudaram o que é necessário, mas ainda não se adequaram e 10,2% desconhecem quais protocolos de segurança devem ser feitos.

A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de mudanças e desafios para as MPEs fluminenses. Neste momento de retomada, a pesquisa mostra que os principais desafios dos empreendedores serão entender o que mudou no consumidor dentro do “novo normal”, como aprimorar o atendimento digital, como conciliar o atendimento presencial e digital de forma harmônica e repensar a rotina e layout do espaço para oferecer maior segurança aos clientes e funcionários.

As vendas no setor do comércio fortalece a economia regional – Fábio Guimas

No Sul Fluminense, as principais MPEs atuam nos segmentos de comércio e serviços, boa parte delas mantêm suas atividades aproveitando a flexibilização dos órgãos municipais em consonância com as orientações do setor de saúde. Em Barra Mansa e Resende, por exemplo, o comércio adota sistema em horário reduzido e lojas abertas com regras de higiene e orientação para consumidores e vendedores utilizarem máscaras de proteção facial. Em Volta Redonda, o setor aguarda avanços na redução dos índices relacionados aos casos de Covid-19 para abrir.

Na prática, funcionando plenamente ou não, boa parte explora o delivery e as redes sociais para manter a clientela. O desejo coletivo é que o fim da pandemia e o retorno do fluxo de clientes em lojas físicas. “Aprimoramos nosso sistema de atendimento pelas redes sociais e estamos promovendo adaptações gradativamente conforme o protocolo da prefeitura. A pandemia prejudica toda a sociedade e o comércio, as pequenas empresas, são as que mais sentem porque precisamos dos clientes para manter nosso fluxo. Somente em junho conseguimos voltar a abrir aos sábados, a meta é quem sabe num futuro próximo funcionar normalmente. É o desejo da maioria da classe empresarial que pensa não somente no seu lucro, mas na manutenção de suas equipes também, evitando o desemprego”, comenta o empresário Ricardo da Silva.

Em Resende, o comércio em geral e os prestadores de serviço puderam trabalhar aos sábados, por exemplo, no dia 13 de junho. Atualmente, o comércio do município funciona de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, aos sábados o expediente é entre 9 e 13 horas. “Tenho lojas em Resende, Barra Mansa e Volta Redonda. A situação da Covid-19 é distinta em cada cidade, mas grave ainda de forma geral na nossa região propriamente. O empresário faz a sua parte, o governo federal e municipal, nem tanto. Acredito que a grande maioria dos colegas estejam sim aptos para retomar suas atividades. O fechamento definitivo é uma realidade para alguns, mas a grande maioria está ansiosa em voltar e fazer girar a economia”, opina o microempreendedor Paulo da Costa.

Para auxiliar as micro e pequenas empresas nesse momento de pandemia, o Sebrae Rio realiza atendimento remoto. O contato ocorre pela rede social como o WhatsApp (21 96576-7825) e o portal http://especialcoronavirus.rj.sebrae.com.br/. É possível obter orientações de especialistas, consultoria on-line, legislação e informações diversas para os pequenos negócios.

O empreendedor pode acessar os conteúdos do seu segmento e entender o que precisa ser feito para voltar às atividades em segurança, respeitando os decretos do seu município. Segundo o Sebrae, o site conta com 56 mil empresários cadastrados e mais de 4 mil solicitações de consultorias pedidas dentro da plataforma, atendidas pelos especialistas da instituição.

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