Mães temem fechamento de Creche Bom Samaritano no São Sebastião

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VOLTA REDONDA

Durante reunião na sede da Casa Bom Samaritano, localizada no bairro São Sebastião, com a direção da entidade para tratar da Creche Bom Samaritano, mães das crianças assistidas foram informadas que a entidade poderá fechar as suas portas em 2019. Presente no bairro desde o ano 2000, a entidade filantrópica, que já chegou a acolher até 80 crianças por dia, hoje só presta atendimento a 12. Isso pelo fato de, segundo a presidente da entidade beneficente, Maria Valdir, não estar recebendo recurso dos governos estadual e federal.

A presidente e outros três diretores da entidade, que participaram do encontro com as mães, expuseram a grave situação da Casa pela falta de recursos para manter os trabalhos sociais no bairro. O diretor secretário da entidade, Edison Leal explicou que há cerca de seis anos não recebem um centavo de verbas públicas. Emocionado, ele destacou que a entidade está agonizando. Segundo ele, é triste saber que uma Casa tão importante para as pessoas corre o risco de não oferecer mais as atividades a quem necessita por falta de verba.

A vice- presidente da Casa Bom Samaritano, Maria Carvalho, destacou que a entidade cessou os serviços de aprendizado em marcenaria, costura e reforço escolar por falta desses recursos. “A crise bateu em nossa porta. Assim não temos como atender as crianças em 2019”, declarou a vice-diretora.

Exposta a situação pelos diretores, as mães, algumas já chorando falaram do amor e do carinho da instituição para com as crianças. “As pessoas elogiam nossos filhos, falam que eles são tão bem cuidados aqui”, disse a mãe Maria Carvalho. Outra mãe, Monique Suelen, relatou emocionada que o filho chorou com ela quando falou que a escolinha ia acabar.

Outras mães e convidados também falaram sobre a situação. É o caso do coordenador do Movimento Pela Ética na Política (MEP), José Maria da Silva, o Zezinho. “Confesso, não tinha como não me emocionar diante do apelo das mães”, declarou Zezinho.

DA NECESSIDADE À EMOÇÃO
Durante o encontro, as mães, diante da situação apresentada pela direção da entidade, propuseram saídas, como ‘cooperativada’ e campanhas para angariar fundos para manter a creche em 2019. “Nós assumiríamos uma colaboração simbólica à Casa Bom Samaritano para pagar os funcionários e também fazer mutirão para manter a limpeza da unidade”, propôs Monique. O diretor Edison Gonçalves sugeriu um encontro com a direção da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) e com representantes dos bairros São Sebastião e São Luiz, no sentido para expor e buscar outros caminhos. “Também, tornar público tudo isto, assim pessoas de boa vontade poderão nos ajudar”, disse o diretor.

Outra mãe, Elaine de Souza, informou que iniciou uma pesquisa para ver as mães interessadas. “Certamente com a inauguração do novo Condomínio do Minha Casa, Minha Vida no bairro muita gente vai querer e precisar de creche” lembrou. Diante das propostas, apoiada pelos presentes, a vice-presidente da entidade encorajada comemorou. “A comunidade reunida com a Casa, nosso apelo e as idéias nos faz não desistir. Vamos lutar”, disse a presidente. “Buscai e acharei, Jesus ensina”, afirmou convicta. Ela agradeceu a participação de todos no encontro e agendou para fevereiro nova reunião para avaliar os passos dados.

A Casa Bom Samaritano fica na Rua A1, 51, no bairro São Sebastião.

 

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