PARATY
A equipe da 167ª Delegacia de Polícia (DP) de Paraty, coordenada pelo delegado titular, Marcelo Russo, está investigando um caso assustador de violência praticado supostamente por uma mãe, de 33 anos. Ela foi presa pela Polícia Civil na terça-feira, dia 28, em um hospital da cidade, suspeita de maus-tratos contra sua filha, uma recém-nascida. A bebê, que estava com 11 dias de vida no dia da prisão da mãe, deu entrada na unidade médica com auxílio de vizinhos, apresentando cortes nas partes íntima feitos, segundo a Polícia Civil, pela mãe, que em surto por falta de drogas, estaria procurando na criança um dispositivo eletrônico.
No dia da prisão, o delegado Marcelo Russo conversou com o A VOZ DA CIDADE sobre as investigações. Ele contou que logo que uma equipe do Hospital Municipal Hugo Miranda percebeu a gravidade da internação, acionou a Polícia Civil para comparecer à unidade médica para apurar o crime.
No local, os policiais civis conversaram com testemunhas. Eles apuraram com vizinhos da família que eles há alguns dias perceberam que a criança chorava muito. Eles fizeram contato com a mãe, mas notaram que o choro de desespero da neném se mantinha. Os moradores começaram a achar estranho e suspeitaram que estaria possivelmente ocorrendo algo incomum dentro da casa das duas. “Eles insistiram e levaram as duas para o hospital do município. A criança passou por exames médicos, sendo constatado que a menina estava sofrendo violência física”, contou o delegado.
Russo apurou que a recém-nascida era constantemente agredida, sendo sacudida. “A mãe é viciada em drogas e disse que estava em crise de abstinência. Ela fez cortes no ânus da menina, dizendo que procurava por um chip”, disse o delegado, que deu voz de prisão a mulher ainda no hospital.
Ela segue sob custódia, supervisionada por uma equipe do 33° Batalhão de Polícia Militar (BPM), pois precisou ficar internada por alegar crise psicológica, e vai ser transferida para a Cadeia Pública Franz de Castro (Casa de Custódia), em Volta Redonda, assim que receber alta.
A recém-nascida recebeu alta médica e está sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Segundo a Polícia Civil, a mulher é natural de Santiago, no Rio Grande do Sul. O caso segue sob investigação, sendo a mãe autuada no artigo 129 do Código Penal (CP) e 249 da lei 8.069/90 por maus-tratos.
