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Mãe e padrasto serão julgados na segunda-feira pela ocultação do corpo de criança de dez anos

Por Mônica Vieira
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BARRA DO PIRAÍ

O A VOZ DA CIDADE obteve a confirmação da 2° Vara do Fórum de Barra do Piraí, que fica no bairro Matadouro, que acontece na próxima segunda-feira, dia 15, o julgamento de Cristiane Laporte, de 28 anos, e Ramon Manuel, de 20. Eles são suspeitos de ocultarem o corpo de J.L, de dez anos, filha de Cristiane, em uma mala, por meses.

O julgamento, segundo a 2° Vara, acontecerá a exato um mês após abertura do inquérito, apresentado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPERJ). Ao A VOZ DA CIDADE, uma equipe do Fórum explicou que o caso, devido a repercussão, teve sua data marcada em tempo recorde. “Está confirmado para segunda-feira e o Ramon já está solto, respondendo, até o julgamento, em liberdade. Porém, Cristiane se encontra presa e está em Bangu, no Rio de Janeiro. Ela será transportada para Barra do Piraí na mesma data do julgamento”, expôs.

O pai da menina, Anderson Quinilha, comenta que: “Espero que a justiça seja feita, ainda mais pelos o que eles fizeram com uma criança indefesa”, desabafou.


No dia 14 de março, após exame de DNA, foi confirmado que o corpo era mesmo o da criança. Porém, Anderson até hoje não conseguiu enterrar o corpo de sua filha. Ele está aguardando uma decisão judicial para conseguir liberar o corpo do Instituto Médico Legal (IML) para realizar o sepultamento. “Meus outros três filhos hoje estão comigo, mas até hoje a pensão está entrando na conta da Cristiane, já que é descontado em folha. Agora, consegui entrar com um recurso para cancelar esse pagamento e reaver, pois ela está presa e recebendo”, comentou o pai.

O CASO

Cristiana foi presa em janeiro após o encontro de uma ossada de uma criança dentro de uma mala, no dia 21 do mesmo mês, em Ipiabas. O pai, que estava com uma medida protetiva e não podia se aproximar da ex-mulher, junto com familiares, procuraram a polícia após desconfiarem das desculpas, evitando que a menina fosse vista. A mulher usava como pretexto que a menina estava debilitada, acamada, devido a uma doença rara que tratava, conhecida como síndrome de West – caracterizada por crises epiléticas e dificuldade de locomoção. J.L teria, segundo as investigações, morrido há cerca de seis meses antes do encontro do corpo.

Segundo o delegado titular da 88ª Delegacia de Polícia, Wellington Vieira, a mãe confessou que ocultou o corpo da filha. Ela foi presa com o namorado, Carlos Ramon, ambos suspeitos do crime. Porém, ele foi solto recentemente, sendo entendido pelo MPERJ que o mesmo havia somente ocultado o corpo.

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