Mãe e padrasto de menina encontrada em mala são ouvidos em audiência na Justiça para marcar início de julgamento

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BARRA DO PIRAÍ

Cristiane Laporte, de 28 anos, e Ramon Manuel, de 20, tiveram nesta segunda-feira, 15, a audiência de instrução e julgamento para produção de provas testemunhais por ocultação do cadáver de uma criança de apenas dez anos. A audiência faz parte do processo de número 000037432-2019.8.19.0006 e aconteceu durante a tarde no Fórum de Barra do Piraí, pelo juiz da 2° Vara Criminal, diante do inquérito apresentado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPERJ). O corpo de J.L foi encontrado em janeiro em Ipiabas, em um terreno, próximo a casa do padrasto. A mãe responderá ainda por abandono de incapaz.

Foram ouvidas hoje dez testemunhas convocadas pela defesa e acusação do casal.  Após essa fase, novas diligências podem ser solicitadas pela Justiça.

A pena de Cristiana pode chegar a 25 anos, por ocultação e abandono, podendo dobrar se comprovado participação na morte. A pena de Ramon por ocultação de cadáver pode chegar a 12 anos, também acrescido se for constatado que houve participação na morte da criança.

O CASO

Cristiana foi presa em janeiro após o encontro de uma ossada de uma criança dentro de uma mala, no dia 21 do mesmo mês, em Ipiabas. O pai, que estava com uma medida protetiva e não podia se aproximar da ex-mulher, junto com familiares, procuraram a polícia após desconfiarem das desculpas, evitando que a menina fosse vista. A mulher usava como pretexto que a menina estava debilitada, acamada, devido a uma doença rara que tratava, conhecida como síndrome de West – caracterizada por crises epiléticas e dificuldade de locomoção. J.L teria, segundo as investigações, morrido há cerca de seis meses antes do encontro do corpo.

No dia 14 de março, após exame de DNA, foi confirmado que o corpo era mesmo o da criança.

Segundo o delegado titular da 88ª Delegacia de Polícia, Wellington Vieira, a mãe confessou que ocultou o corpo da filha. Ela foi presa com o namorado, Carlos Ramon, ambos suspeitos do crime. Porém, ele foi solto recentemente, sendo entendido pelo MPERJ que o mesmo havia somente ocultado o corpo.

 

 

 

 

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