BRASÍLIA
Acontece na tarde desta segunda-feira, 12, o ato solene de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. O evento marca o fim de todo o processo eleitoral. O diploma de ambos é assinado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Cerca de 300 convidados estiveram presentes.
A expedição do documento é uma formalidade que condiciona a posse no cargo. Ou seja, de posse do diploma Lula e Alckmin estão aptos a assumir a partir de 1° de janeiro. O diploma é um atestado dado pelo TSE de que as eleições foram regulares. Isso porque o documento somente pode ser emitido após o cumprimento de diversas exigências, como a aprovação das contas de campanha, a finalização de todas as etapas de auditoria eleitoral e a análise inicial de recursos contra o resultado do pleito.
Lula e Alckmin foram eleitos no segundo turno com 60.345.999 dos votos válidos, contra 58.206.354 do atual presidente. Um placar apertado de 50,90%, sobre 49,10% sobre Jair Bolsonaro atual presidente.
Lula Inácio Lula da Silva, 77 anos, é natural de Garanhuns (PE) e concorreu pela coligação Brasil da Esperança (formada por FE Brasil (PT/PCdoB/PV)/Solidariedade/Federação PSOL-Rede/PSB/Agir/Avante/Pros). Presidente da República entre 2003 e 2010, será a terceira vez que Lula é eleito presidente da República.
Lula, em seu discurso, por cerca de 15 minutos, se emocionou muito ao falar que lembra de sua primeira posse como presidente onde muito foi questionado por não ter diploma universitário. Chorando disse que o diploma de sua eleição não é apenas dele mas de todos os brasileiros. “Em primeiro lugar quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez o Brasil. Em minha primeira diplomação, em 2002, lembrei ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma. Esse diploma é do povo que reconquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma”, disse.
O presidente eleito disse que sabe o quanto custou não só a ele, mas ao povo a espera para o que chamou de reconquistar a democracia no país. “Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu querido companheiro Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas durante toda a minha vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo as pessoas mais necessitadas”, apontou.
O presidente do TSE ressaltou a lisura de todo o processo eleitoral, citando ainda os ataques antidemocráticos. “O Brasil encerra mais um ciclo democrático e completa 34 anos de estabilidade do estado democrático de direito. Isso não significa a falta de ataques, mas a estabilidade democrática e ao estado de direito significa a observância real da constituição”, apontou, destacando que ficou descartada qualquer fraude e ilícito.