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Leitos construídos no auge da pandemia ficam de legado e já atendem pacientes com outras doenças

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

A Prefeitura de Volta Redonda começou nos últimos dias a remanejar leitos inicialmente dispostos a receber pacientes com Covid-19 para atender outras patologias. O movimento, que teve início no Hospital São João Batista (HSJB), teve seu maior impacto no Hospital do Retiro, onde um anexo foi construído com mais de 30 leitos para socorrer a cidade no auge da pandemia. Com isso, a cidade teve nos últimos meses e terá daqui para frente um reforço significativo na capacidade de internação hospitalar. Isso é fruto de uma nova visão de investimento em saúde pública, aplicada pela atual equipe que coordena a administração municipal.

Em 2020, a aposta da antiga gestão para o enfrentamento da pandemia foi na montagem de um hospital de campanha a partir do aluguel das estruturas. Da mesma maneira, foram utilizados leitos de uma unidade particular, igualmente alugada. Em novembro do ano passado, no entanto, estes dois investimentos foram interrompidos. Os leitos alugados foram totalmente desmobilizados e Volta Redonda entrou em 2021 com apenas cinco vagas de UTI disponíveis para tratar pacientes diagnosticados com a Covid-19. A partir disso, já na virada para 2021, o prefeito Antonio Francisco Neto conseguiu reunir apoio para concluir o anexo ao Hospital do Retiro, uma obra que ficou parada por quatro anos com capacidade para gerar 30 novos leitos.

– A diferença é que estes leitos construídos no anexo do Hospital do Retiro são nossos, pertencem à rede municipal de saúde e ao nosso povo. A pandemia ainda está aí, mas com a redução nas internações, muitos destes novos leitos já podem receber pacientes com outras doenças. Como nós dissemos, esse investimento ficará de legado para nossa população. Isso é responsabilidade com a saúde e com o dinheiro público – destacou o prefeito.

Neto ainda ressaltou que, se for necessário, os leitos poderão ser novamente usados para abrigar pessoas com a Covid-19. “Nada foi alugado. Terminamos as obras, compramos mobiliário, equipamentos de ponta e como resultado final temos hoje praticamente um novo hospital. São mais de 30 leitos, todos de primeira linha”, disse.

As obras e investimentos citados pelo prefeito tiveram apoio de empresários, comerciantes e pessoas físicas da cidade. Com os recursos arrecadados através de doações, o hospital ampliou sua capacidade em leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e UI (Unidade Intermediária) – equipados com respiradores e monitores – no atendimento a média e alta complexidade no momento mais crítico da pandemia. “A sociedade organizada e os empresários viram que era uma boa ideia. Voltaram a acreditar no governo e nos apoiaram. Com a cidade unida, quem ganha é o povo”, disse.


Foram abertos 30 novos leitos exclusivos para internações de pacientes contaminados pela doença. Entretanto, com a redução significativa nas taxas de ocupação com o avanço da vacinação no município, os leitos em suporte à Covid-19 foram remanejados para clínica médica. O número de leitos destinados a pacientes com Covid-19 foram reduzidos para cinco, sendo que desses dois permanecem ocupados.

De acordo com a diretora-geral do Hospital do Retiro, Márcia Cury, além da abertura de novos leitos, a unidade passou por ampliação da capacidade de energia elétrica e manutenção para comportar os novos leitos e aparelhos.

Márcia Cury ainda mencionou que quando assumiu a direção do hospital, neste ano, entrou o sistema de abastecimento de oxigênio totalmente irregular, sendo inferior e fora das normas legais estabelecidos para dar suporte a pacientes graves.

“A capacidade atual do hospital é de 144 leitos, que estão divididos em setores de clínica médica, cirúrgica, pediatria, sala vermelha, leitos de observação, e UTI geral e Covid. As cirurgias eletivas voltaram ao normal e o número de atendimentos aumentou para atender as demandas cirúrgicas reprimidas pela pandemia”, disse.

Os leitos que antes estavam em atendimento aos pacientes com Covid-19 foram redirecionados para atender as pendências cirúrgicas. O prefeito Antonio Francisco Neto citou que os leitos construídos nesta parceria inédita, com diversos setores da cidade, ficam de legado para Volta Redonda contribuindo para oferecer um atendimento mais digno aos moradores.

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