Lei Maria da Penha completa 13 anos e PAM celebra levando informações à população

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VOLTA REDONDA

Há exatos 13 anos, a Justiça brasileira ganhou um novo recurso para tentar frear a violência contra as mulheres. A sanção da Lei Maria da Penha em 7 de agosto de 2006 mudou a forma de atuação do Poder Público na proteção às vítimas. E para celebrar o aniversário da conquista, nessa quarta-feira, a Pastoral do Acolhimento à Mulher (PAM), da Diocese de Barra do Piraí/Volta Redonda, foi às ruas de Volta Redonda para levar informação à população sobre como funciona a lei. O grupo se concentrou embaixo da biblioteca municipal, na Vila Santa Cecília, das 8 às 12 horas. Na ocasião foram entregues panfletos de orientação.

Segundo uma das coordenadoras do projeto, Graça Aguiar, na ocasião foram abordadas homens, mulheres e jovens. “O objetivo é estimular o debate sobre a lei. Que essas pessoas levem o panfleto para casa e discuta sobre o assunto com seus familiares”, relatou, completando que o trabalho do grupo consiste em resgatar a dignidade da mulher. “Muitas vezes atendemos as famílias com cesta básica, encaminhamos para médicos e psicólogos. Elas não conseguem sozinhas e tentamos estimulá-las a mudar de vida”, ratificou.

O próximo encontro do grupo acontecerá em forma de uma roda de conversa, no dia 14 deste mês. Segundo a participante da PAM, Sônia Maria Luiz da Silva, o bate papo faz parte do calendário para a celebração do aniversário da lei. “O encontro será aberto ao público, na Igreja Nossa Senhora das Graças, no Jardim Paraíba a partir das 15 horas”, informou, completando que esse acolhimento às mulheres dará força para elas reagirem.

Para Maria Aparecida de Araújo Silva, que também faz parte da pastoral, pode parecer contraditório a celebração da data, já que o índice de violência no país só aumenta. “Mas nós acreditamos que esse trabalho de informação é importante, pois pode ajudar a quebrar esse ciclo de violência”, expôs, explicando que as mulheres devem ficar atentas aos sinais. “Tudo começa com um palavrão, um xingamento, um tom autoritário e isso vai aumentando. As mulheres precisam ser apoiadas para ter coragem para fazer a denuncia e romper esse ciclo”, concluiu.

O grupo se concentrou embaixo da biblioteca municipal, na Vila Santa Cecília, das 8 às 12 horas – Foto Fábio Guimas

TIPOS DE VIOLÊNCIAS COMETIDAS CONTRA À MULHER    

A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma sequência crescente de episódios, do qual o homicídio é a manifestação mais extrema. São elas: Violência física, psicológica sexual, patrimonial e moral.

Quando a mulher sofre algum tipo de violência pode ligar para a Central de Atendimento à Mulher (ligue 180), ou pelo aplicativo Clique 180. A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Por meio do telefone, a mulher receberá apoio e orientações sobre os próximos passos para resolver o problema. A denúncia é distribuída para uma entidade local, como a Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), conforme o estado.

‘Dossiê Mulher 2019’ no auditório da oab Resende

Com o tema ‘Violência de Gênero: desafios e avanços’, o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Comdim) de Resende promoverá o Seminário de Divulgação do Dossiê Mulher 2019, com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. O evento, que é aberto ao público e visa discutir sobre a violência contra as mulheres, será realizado nesta sexta-feira, dia 9, entre 13 e 17 horas, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Avenida Marcílio Dias, no bairro Jardim Jalisco. Durante o encontro, será lançada a Campanha de Enfrentamento à Violência contra a Mulher em Bares e Restaurantes, de acordo com legislação estadual.

O evento terá a presença das presidentes do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), Helena Piragibe, e do Comdim, Vani Vasconcelos. Às 14 hora, haverá a apresentação dos dados do Dossiê Mulher 2019, pela pesquisadora do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro, Vanessa Campagnac. Por volta de 14h30min, as equipes do Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Niam) e da 89ª Delegacia Legal de Resende apresentarão dados sobre a violência contra as mulheres na cidade. Por volta de 15 horas, será dado início a um debate com a participação da plateia. Às 15h20min, será oferecido um coffee break.

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