ESTADO/ANGRA DOS REIS
Foi lançada ontem na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a Frente Parlamentar de Apoio à Indústria Naval e Offshore no Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o presidente e idealizador da frente, deputado Waldeck Carneiro (PT), a iniciativa se deu por conta do desmonte das indústrias naval e do petróleo. Ele lembrou que o setor chegou a empregar 82 mil trabalhadores diretos e mais de 780 mil indiretos. Essas vagas atualmente chegam a 30 mil apenas. Ele afirmou que o estado foi o que mais perdeu postos de trabalho, cerca de 25 mil. Niterói, Angra dos Reis e a capital estão entre os municípios mais prejudicados. “Queremos mobilizar a sociedade fluminense em defesa da recuperação da indústria naval, da retomada dos investimentos no COMPERJ, da manutenção da política de conteúdo local e da resistência à política de desmonte da Petrobras”, explicou o parlamentar, que também preside a Comissão de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa.
Estiveram presentes representantes de movimentos sociais, como o Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Niterói (Sindimetal), além do Sindicato da Construção Naval (Sinaval).
Segundo a representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, Cristiane de Souza, somente no ano de 2016 ocorreram 2,5 mil demissões. “Queremos respostas da Petrobras para a falta de investimentos, o sucateamento da empresa e a paralisação de obras em que representam esperança para os trabalhadores dos estaleiros. A construção naval pede socorro”, disse a sindicalista.