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Justiça decide por afastamento do vereador Diego Graciani por suspeita de ‘rachadinha’

Por Carol Macedo
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PORTO REAL

Por decisão da juíza titular da Vara Única da Comarca de Porto Real e Quatis, Priscila Dickie Oddo, datada do dia 19, terça-feira, o vereador Diego Graciani de Almeida está afastado do seu cargo por 90 dias. Além disso, um assessor também está afastado. O vereador foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por suspeita de ‘rachadinha’.

Em sua decisão, a juíza destaca que a ação é por ato de improbidade administrativa por implementação de suposto esquema voltado para desvio de recursos públicos. O vereador, segundo a denúncia, seria o idealizador/mentor de uma suposta empreitada criminosa, cuja execução foi delegada a seu assessor no esquema conhecido como ‘rachadinha’ quando uma pessoa retorna o valor do seu salário para outra.

O inquérito contra o vereador teve início em 2021, quando o Ministério Público apurou que Diego quando se candidatou pediu apoio de campanha para uma pessoa (que o jornal não mencionará o nome), que teria o ajudado por meio de adesivos em seu carro e distribuindo material de campanha. Ele teria prometido que essa pessoa teria um cargo na prefeitura e foi isso que aconteceu meses depois. “Já eleito como vereador, Diego teria oferecido um cargo público para A e, antes da nomeação, informou que parte de seu salário deveria ser dividido com ele, devendo repassar R$ 1,2 mil de parte da remuneração líquida de R$ 4,2 mil”, diz o trecho do processo.

A pessoa repassou o valor por duas vezes, em meses seguidos. Disse que na primeira, o assessor do vereador, chefe de gabinete, teria ido em sua casa para receber o dinheiro. No mês seguinte, foi solicitado pelo denunciante que o pagamento fosse feito via pix por não poder entregar pessoalmente, mas não aceitaram. “Posteriormente, inconformado com a situação, A teria dito que a Diego, por telefone, que não iria mais efetuar os repasses, não fazendo os repasses em maio e junho, sendo exonerado no mês seguinte, mais precisamente em 13 de julho de 2021”, aponta outro trecho do processo, continuando que o denunciante foi substituído pela namorada do assessor o vereador no cargo da prefeitura.


O processo ainda menciona que as provas do inquérito civil revelaram que Diego Graciani havia conseguindo sete nomeações na prefeitura. “E que o valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) seria repassado para duas famílias que pressionavam Diego. Pelo teor da conversa, o Ministério Público concluiu que o numerário repassado era explicitamente utilizado como contrapartida pela ajuda na campanha eleitoral ou que a pessoa era nomeada, ficando com parte do salário e repassando o restante”, diz a juíza em outro trecho da decisão.

O afastamento do vereador e de seu assessor seria, segundo a juíza, para salvaguardar a coletividade, assim como permitir a tramitação do processo.

DEFESA SE POSICIONA

Em nota, a defesa do vereador e do assessor destacou: “A defesa foi surpreendida. Não conhece o teor da decisão, mas afirma que nunca cometeram qualquer ilegalidade. Assim que tiver acesso aos autos vai apresentar o devido recurso”.

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