Júri Simulado é realizado por alunos do Colégio Antônio Pereira Bruno

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BARRA MANSA

Com a intenção de desenvolver o pensamento analítico e crítico, os alunos do Colégio Municipal Antônio Pereira Bruno, do bairro Goiabal, realizaram, pelo terceiro ano consecutivo, um júri simulado. Dessa vez, jovens do 9º ano, julgariam o protagonista do livro Tosco, do autor Gilberto Mattje, como inocente ou culpado. O evento aconteceu na manhã dessa quinta-feira, 29, sendo pela primeira vez realizada no Fórum. O trabalho é feito pelas disciplinas de Artes e Língua Portuguesa, onde, os alunos são incentivados à pesquisa e escrita. Cerca de 60 alunos estiveram presentes no tribunal.

Os jovens foram divididos em equipes de defesa e acusação, e alguns tiveram o papel de juiz e advogado. Já o júri foi composto por sete advogados formados e especializados na área criminalística, onde analisaram os argumentos apresentados pelos alunos. A defesa ganhou a causa, inocentando o protagonista do livro. A idealizadora do projeto e professora de Língua Portuguesa, Sandra Gonzaga contou que trabalhou em uma escola do Rio de Janeiro, que realizava o projeto. “Na escola do Rio eles realizavam essas simulações e eu percebi que os alunos se envolviam e resolvi trazer isso para Barra Mansa”, disse.

Sandra conta também que essa é a primeira vez que o projeto é realizado com os alunos do 9º ano. “Nas duas primeiras edições, o projeto foi realizado com os alunos do 8º ano e foi em sala de aula. Pela primeira vez tivemos um espaço no Fórum, onde os jovens puderam ter uma experiência mais realista de um tribunal”, falou, completando que esse trabalho desenvolve o envolvimento social e emocional do aluno. “O réu, que é o protagonista do livro, passou por diversas situações e cometeu alguns crimes, e, no fim, se torna um professor. Porém, ele passou por um julgamento, e os alunos realizaram pesquisas durante todo o ano para apresentarem hoje”, explicou.

Segundo a secretária de Direção do Fórum, Cristina Pereira Teixeira, é a primeira vez que é realizada uma atividade como essa no fórum. “Eu conversei com o Juiz para fazermos essa primeira tentativa, e, pelo visto essa iniciativa deu certo”, disse, completando que, atividades assim são um incentivo para o adolescente. “Tem muita gente que não conhece o Fórum, até mesmo os jovens que estão cursando Direito. Aproximar a população, principalmente o adolescente, e, mostrar como funcionam as coisas, é de grande incentivo para o desenvolvimento deles”, contou.

A aluna de 14 anos, Adriane Ribeiro, participou do grupo de defesa, e contou que é a segunda vez que participa do projeto. “Esse trabalho faz a gente amadurecer e pra mim foi muito importante para mim. Isso nos faz perceber que não existe uma verdade absoluta, mas existe o certo e o errado”, disse.

Já a aluna Maria Eduarda Silva, de 15 anos, participou da equipe de acusação e contou que, com o trabalho, a nota de toda a turma aumentou. “As professoras nos passaram redações, dicionário jurídico e o código penal, e, tudo isso nos desenvolveu muito”, contou, completando que tinha vontade de ser nutricionista, mas que depois do projeto, sente vontade de cursar Direito.

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