Juiz determina que prefeitura pague direitos aos ex-funcionários da Greenlife

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VOLTA REDONDA

Há meses, os cerca de 350 ex-funcionários da Greenlife, terceirizada que durante quase seis anos foi responsável pelo servido de limpeza urbana da cidade, tentam receber suas rescisões trabalhistas. Demitidos devido ao fim do contrato da empresa, os trabalhadores desde então contam com o apoio do Sindicato dos Empregados em Conservação e Asseio do Sul Fluminense (SIEEACON). Em uma das últimas ações, liderados pela diretora e pelo vice-presidente do Sindicato, Elza Santos e Ivan Tavares, os trabalhadores participaram, recentemente, de uma manifestação em frente à sede da 3ª Vara do Trabalho no Aterrado, e logo em seguida conseguiram marcar uma audiência com o juiz.

Nessa semana, a prefeitura de Volta Redonda divulgou uma nota à imprensa informando que pagará cerca de R$ 3,5 milhões de rescisões trabalhistas para funcionários das empresas terceirizadas, que já tiveram seus contratos com o poder público vencidos, entre elas a GreenLife e a Via Result. Garantiu ainda, que o pagamento faz parte de uma ação preventiva e que os funcionários receberão as rescisões trabalhistas. Só que, de acordo com a diretora do SIEEACON, a informação não procede, já que, desde que a entidade sindical percebeu que a empresa ficou devendo os ex-funcionários, decidiu entrar com duas ações – uma contra a Greenlife, que aconteceu no último dia 14, e a outra contra a Via Result, ocorrida na última segunda-feira, 18, com a participação de mais de 350 trabalhadores.

O Sindicato já havia cobrado da Justiça o pagamento das rescisões trabalhistas. Chegou a solicitar ao juiz titular da 3ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, Renato Abreu, uma liminar de bloqueio; o que não foi concedido de primeira. Já na audiência com o juiz e representantes do Sindicato e da prefeitura, realizada no último dia 14, a ordem judicial foi determinada. É que o Sindicato conseguiu provar e a Greenlife confirmou que a prefeitura devia algumas notas. Sendo assim, o juiz deu a ordem judicial para que o Governo Municipal fizesse o depósito, até terça-feira, 19, na conta de cada trabalhador, na agência do Banco do Brasil, no bairro Aterrado. A informação da sindicalista é de que esses trabalhadores foram ouvidos em grupo pelo juiz.

Funcionários da Result

Já em relação aos funcionários da Result, segundo a sindicalista Elza Santos, a situação é semelhante. Disse que, inicialmente, o juiz não deu liminar de bloqueio, mas com a alegação da empresa de que o Governo Municipal não havia repassado verba para fazer o pagamento dos ex- funcionários, foi dada liminar de bloqueio. Porém, na audiência de terça-feira, 19, a prefeitura alegou várias situações administrativas e falta de dinheiro para fazer o repasse. Sendo assim, de acordo com a sindicalista, o juiz aguarda que a prefeitura faça esse pagamento para que ele possa fazer o repasse aos trabalhadores.

Ainda segundo a sindicalista, como o Poder Judiciário Federal entrou em recesso judiciário, a partir de ontem, o pagamento deverá acontecer até o dia 8 de janeiro de 2018. “Com tudo isso, mostra que a prefeitura não foi boazinha e decidiu pagar. Prova mais uma vez que a luta, desde o início, foi do Sindicato e dos trabalhadores. Na verdade, o prefeito quer dar ‘bom dia com  o chapéu dos outros’. Isso não é justo! A luta foi nossa juntamente com os trabalhadores e a disposição e entendimento do doutor Renato. Ele viu que o trabalhador não podia ficar sem receber seus direitos depois de ter trabalhado. Além disso, as duas audiências foram solicitadas pelo Sindicato”, concluiu Elza Santos.

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