Jovem recebe parte do fígado do irmão em procedimento realizado no Hospital Unimed Volta Redonda

Foi o primeiro transplante hepático intervivos da Região Sul Fluminense

Por Tânia Cruz
jovem recebe parte do fígado do irmão em procedimento realizado no hospital unimed volta redonda divulgação

VOLTA REDONDA
Ao ser informado que a irmã Karem Bueno, de 28 anos, necessitada de um transplante de fígado, o irmão dela, Pedro Henrique Bueno, de 20, decidiu doar parte do seu órgão para ela. A cirurgia, a primeira com o doador vivo na Região Sul Fluminense, ocorreu no Hospital Unimed-VR.
Na luta contra a anemia falciforme desde que nasceu, Karen, que teve o fígado afetado, descobriu em janeiro deste ano que necessitava de em transplante hepático. Logo ela teve o irmão como doador. O jovem declarou que, quando soube que o transplante era a única chance para a sua irmã ter qualidade de vida, imediatamente, se prontificou para ser o doador. Declarou que, naquele momento, o mais importante era dar esperança de uma vida melhor para ela. “Senti que era minha missão salvá-la, já que eu era o único doador possível para o caso. A alegria que senti ao vê-la receber alta supera todas as dificuldades do momento vivido”, declarou o rapaz, lembrando que é grato a Deus e gostaria de incentivar outras pessoas. “Se você tiver a chance de ajudar alguém, seja doador. Você pode salvar uma vida”, completou Pedro.
FÍGADO DOENTE DO RECEPTOR É SUBSTITUÍDO
Segundo explicou o cirurgião hepatobiliopancreático, especialista em transplante de fígado e pâncreas, Felipe Mello, o transplante hepático intervivos ocorre quando o fígado doente do receptor é substituído por uma parte do fígado de um doador vivo. Desta forma, o doador se submete a uma hepatectomia com retirada de até setenta porcento do fígado, que será transplantado ao receptor. “Por tratar-se de um órgão com grande potencial regenerativo, o fígado nativo volta a crescer, chegando a atingir volume próximo ao original já no primeiro mês da doação”, contou o médico, lembrando que, para a realização do transplante neste formato, o doador deve ter compatibilidade, do tipo sanguíneo e anatomia, com o receptor, que neste caso é incluído na lista do transplante, mas não precisa esperar pelo doador cadáver. “O transplante acontece com dia e hora marcados. Essa modalidade ajuda a reduzir a fila por um órgão no país”, completou.
EMOÇÃO
Após receber alta e ser se encontrara com sua família na recepção do hospital, a jovem se emocionou. Disse muito feliz e emocionada por seu transplante ter sido um sucesso. Declarou que seu agradecimento vai para o seu Deus, que é fiel provedor e cumpriu, ao seu irmão, Pedro, que a salvou e a toda essa equipe hospitalar. “Vocês são anjos que Deus preparou para nos ajudar. Agradeço também a Unimed que está sempre pronta para melhor nos atender”, comemorou.
O procedimento foi realizado pela equipe cirúrgica do Hospital Unimed Volta Redonda comandada pelo médico-cirurgião Eduardo Fernandes, especialista em Transplantes de órgãos abdominais e cirurgias oncológicas abdominais. A diretora do Hospital Unimed Volta Redonda, Isis Lassarote, destacou que a unidade de alta complexidade que está entre os melhores hospitais do Brasil, no ranking World’s Best Hospitals 2024, é habilitada para a realização de quatro modalidades de transplantes, de medula óssea, músculo-esquelético, fígado e rim. “Somos o único hospital da Região Sul Fluminense habilitado pelo Ministério da Saúde a realizar transplantes. Vamos continuar buscando a ampliação dos nossos serviços, possibilitando à população um atendimento de qualidade próximo de sua residência”, finalizou.

 

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