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‘Jonathan’ tem sessão única no Sesc Barra Mansa

Indicado ao Prêmio Shell de Teatro, o monólogo transforma a história da tartaruga mais velha do mundo em uma celebração à potência e resistência da juventude negra

Por Andre
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BARRA MANSA


O monólogo Jonathan fará única apresentação no Sesc Barra Mansa nesta quinta-feira, dia 15, às 19h30min. Escrita e encenada por Rafael Souza-Ribeiro, com direção de Dulce Penna, a peça foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Direção e Melhor Dramaturgia e parte da história real da tartaruga mais velha do mundo para refletir sobre o amadurecimento de um jovem negro em busca de seu protagonismo.
Na trama, a vida da tartaruga cruza com a de outro Jonathan: um jovem de 17 anos, tratador de animais, que herdou o nome do bicho e o ofício do avô, ainda que contra sua vontade. Enquanto passa a limpo a história da Ilha onde vive, da tartaruga e da família, ele se vê às voltas com os próprios sonhos e com a transição para a vida adulta numa jornada de reviravoltas e descobertas. Misturando autoficção, noticiário, poesia, humor e fantasia, Jonathan constrói uma narrativa doce e contundente, que descortina as mazelas do colonialismo e da intolerância, ao mesmo tempo, em que celebra a potência da juventude negra viva.
A ideia da peça veio em 2017, quando Rafael leu em um jornal sobre Jonathan, a tartaruga que vive na Ilha de Santa Helena, um dos lugares mais isolados do planeta. Há mais de um século, Jonathan é símbolo daquele antigo território colonial britânico no meio do Atlântico, estampando camisetas, bonés e até a moeda de 5 centavos. Quando se deparou com o perfil de Jonathan traçado pelo jornal, que detalhava as peripécias do animal e toda a indústria do turismo em torno dele, Rafael pensou: “Tem teatro aí!”, e criou uma fábula contemporânea sobre o tempo, o amadurecimento e a reinvenção do mundo.
“A ficção me permitiu desobedecer um pouco a história oficial e dar voz a quem sempre foi silenciado. Jonathan é uma peça sobre o que permanece e o que precisa mudar, e sobre como um corpo em movimento pode conter um mundo inteiro”, afirma Souza-Ribeiro.
Nascido em 1832, Jonathan, uma tartaruga gigante das Seychelles, foi dado como presente da Coroa britânica à remota Ilha de Santa Helena, um território ultramarino britânico no meio do Atlântico, considerado um dos lugares mais isolados do mundo. Quando nasceu, há 192 anos, ainda não existia a fotografia, o telefone, nem a lâmpada incandescente. A Torre Eiffel não havia sido construída, e Napoleão Bonaparte (que passaria seus últimos dias exilado na mesma ilha) tinha apenas 18 anos de idade. Segundo o Livro dos Recordes, Jonathan detém o título de tartaruga mais velha do mundo e é o mais longevo testudine (grupo que inclui todas as tartarugas, cágados e jabutis) já registrado na história.

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