BRASÍLIA
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), entraram com ação no Juizado Especial Cível do Distrito Federal com pedido de indenização contra o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por afirmações de que eles teriam sumido com móveis do Palácio da Alvorada ao deixar o governo, no fim de 2022.
Os advogados de defesa de Bolsonaro alegam que o ex-presidente e Michelle devem ser indenizados em R$ 20 mil por danos morais. Eles pedem que Lula seja condenado “de modo a compensar o sofrimento e os transtornos sofridos pelos autores, punindo exemplarmente o transgressor”.
Se a causa for vencida, segundo os advogados, a multa a ser paga por Lula deve ser revertida ao Instituto do Carinho, localizado em Ceilândia, região administrativa de Brasília.
Bolsonaro e Michelle pedem ainda que Lula se retrate na mesma proporção do dano que causou: “Mediante coletiva de imprensa oficial no Palácio da Alvorada; perante o veículo de comunicação Globo News; e nos canais oficiais de comunicação do governo federal”.
O ex-presidente ainda alega que foi vítima de ataques na mídia e nas redes sociais após a declaração de que ele teria “levado tudo” ao deixar o Alvorada.
As afirmações vieram no primeiro mês de mandato de Lula. Em café da manhã com jornalistas, o atual presidente reclamou de ter que iniciar o mandato em um hotel. “Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então, a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público”, disse o presidente na ocasião.
Aos poucos, no entanto, os 261 itens que “faltavam” ao patrimônio do Alvorada foram localizados. Na quarta-feira, dia 20, a Secretaria de Comunicação da Presidência anunciou ter recuperado todo o mobiliário desaparecido.
Segundo informações da Secom, a mobília teria sido tratada com “descaso” e estava em “locais diversos”, o que demandou esforço para sua localização.