Com 55,49% dos votos válidos, o Brasil tem um novo presidente: Jair Bolsonaro (PSL). Em seu primeiro pronunciamento, ele afirma que os tempos de mudança chegaram.
“Fizemos uma campanha diferente, buscando na Bíblia as ferramentas necessárias para governar. Temos que nos acostumar a conviver com a verdade, não existe outro caminho se quisermos a paz e a prosperidade. A verdade tem que começar nos lares e atingir o ponto mais alto: a presidência. O povo entendeu perfeitamente isso, formamos integrantes de um grande exército, que sabiam para onde o Brasil estava marchando. O que mais quero é seguir os ensinamentos de Deus ao lado da constituição brasileira, inspirado em grandes líderes mundiais. Vamos começar a partir do próximo ano colocar o nosso Brasil em lugar de destaque, temos tudo para sermos uma grande nação. Obrigada pelo apoio, pelas considerações orações e confiança, vamos juntos mudar o destino do Brasil, sabemos exatamente para onde queremos ir”, discursou o presidente eleito.
Escolhido pelo povo, o capitão da reserva do Exército vai assumir a partir de janeiro um país em crise econômica, com as contas públicas no vermelho, quase 13 milhões de desempregados, PIB com previsão de crescimento de apenas 1,4%, e com elevados índices de violência, foram mais de 63 mil homicídios em um ano.
Segurança reforçada e colete à prova de balas
O presidente eleito, votou no início da manhã na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio. O capitão do exército estava acompanhado da mulher, Michelle.
O esquema de segurança na zona eleitoral da Vila Militar foi reforçado com grades e uma maior presença da Polícia do Exército. As polícias militar e federal também trabalharam na operação de segurança do, então, candidato do PSL. Uma hora antes do início da votação, o local passou por uma varredura em busca de bombas ou outros explosivos. Cães e equipamentos foram usados na vistoria de segurança. Além disso, os eleitores que votam na escola Rosa da Fonseca tiveram que passar por uma barreira para revista por integrantes das Forças Armadas.
Tumulto
Bolsonaro entrou na escola pela parte de trás, após votar, ele tentou sair pela entrada principal da instituição de ensino e acenou para seus apoiadores, porém, a movimentação gerou um grande tumulto. Diante da confusão, ele foi obrigado a retornar para a área interna do colégio e sair pelos fundos com forte escolta policial. Ao deixar o local, Bolsonaro chegou a colocar parte do corpo para fora do carro e acenar, mas foi obrigado a voltar para dentro do carro.
Juiz comenta sobre eleições
O juiz da 91ª zona eleitoral, Francisco Ferraro destaca a tranquilidade deste segundo turno. “Não tivemos as várias surpresas do primeiro turno, como a biometria,as mudanças de seções ou ainda a lista extensa de candidatos. Não tivemos problema algum com boca de urna, apenas uma urna apresentou problemas técnicos no bairro Boa Vista e foi trocada”, informa o juiz eleitoral.
Sobre todo o processo eleitoral deste ano, Ferraro destaca as famosas fake news e o despreparo dos eleitores. “Essa é a minha 7ª eleição e foi a pior delas. Foi uma grande revolução tecnológica, mas é preciso que o eleitor pesquise, estude e depois vá debater política de forma educada; o brasileiro ainda se deixa levar elas falsas notícias, é preciso pesquisar. Estamos vivendo um momento de esperança, de evolução, espero que a população brasileira cobre melhorias de seus eleitos”, reafirma o juiz.
Outra situação apontada por Francisco Ferraro é a acessibilidade. “Qualquer leitor portador de necessidades especiais precisa vir até o Fórum, até a seção eleitoral e requerer a acessibilidade”, destaca.