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Itaguaí, Mangaratiba e Piraí recebem programação cultural gratuita

Por Franciele Aleixo
a voz da cidade
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SUL FLUMINENSE

Neste fim de semana, o projeto CIRCOLAR, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, vai encerrar suas atividades em 2022 e promete levar espetáculo de arte circense, oficina de danças tradicionais e roda de conversa para a festa de encerramento do projeto Ativação Cultural Itaguaí, que acontece na Praça dos Prédios, no bairro Vila Margarida, em Itaguaí, no sábado (3), às 10h. No mesmo dia, na parte da tarde, as atividades seguem para o Sindicato do Trabalhadores Rurais de Mangaratiba, localizado na Estrada São João Marcos, 78, com participação especial do grupo Gigantes de Mangaratiba. Já no domingo (4), o grupo se apresenta na Comunidade Rural do Assentamento da Serra do Matoso, localizada na divisa dos municípios de Piraí e Rio Claro, das 9h às 12h. A programação é gratuita.

Com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da identidade das comunidades tradicionais (quilombolas, rurais e caiçaras) e desenvolver a conscientização da preservação ambiental e patrimonial através do entretenimento, o projeto CIRCOLAR leva para as comunidades tradicionais de Itaguaí, Mangaratiba, Rio Claro e Piraí espetáculos de arte circense, oficinas de danças e brincadeiras tradicionais, além de roda de conversa sobre os saberes locais. O cronograma das ações se encerra neste mês de dezembro.

No primeiro semestre, a equipe de palhaços e arte educadores, formada por Lisane Irala, Thamyres Anselmo, Julianderson Silva, Rafael Otoni, Ruth Chaves e Adriano Evangelista, passou por Mangaratiba nas comunidades do Quilombo de Santa Justina e Santa Izabel, Quilombo da Ilha da Marambaia e Assentamento do Rubião. E na divisa dos municípios de Piraí e Rio Claro, a programação do CIRCOLAR foi à Comunidade Rural do Assentamento da Serra do Matoso. Já em Itaguaí, o projeto visitou a Comunidade Caiçara da Ilha da Madeira.

“Tem sido tão encantador poder conhecer esses lugares, encontrar essas pessoas através da palhaçaria, da arte educação, do resgate de danças tradicionais dessas comunidades e das suas histórias. A gente tem promovido a cultura e as trocas, levando nossos saberes e conhecendo outros saberes. É um processo muito rico que esse trabalho tem promovido”, conta Thamyres Anselmo, a Palhaça Noenice do projeto Circolar.


Já no segundo semestre, o Circolar trabalhou o contexto histórico da região de cada comunidade na época da Independência do Brasil. “É uma forma de conversar sobre o bicentenário da Independência de forma contextualizada nas comunidades”, explica a historiadora e consultora de Patrimônio do projeto CIRCOLAR, Mirian Bondim.

Outra ação prevista pelo projeto é uma coletânea de tudo que foi ouvido nas comunidades visitadas, com uma produção coletiva de um diário de viagem ilustrando saberes e fazeres das localidades, traçando um diálogo e fazendo com que uma comunidade conheça a outra.

“O nosso trabalho é buscar o fortalecimento da identidade, da autoestima, de cada fazedor de cultura daquele local, valorizando tudo que produzem em sua comunidade. O mundo atual está muito desligado, está próximo e distante ao mesmo tempo, da vida comunitária. Não se sabe a característica de uma comunidade que tem uma cultura muito tradicional, transmitida de geração em geração, como é o caso das comunidades rurais que trabalham com casas de farinha, produção de doces típicos, através de suas plantações e colheitas. E algumas comunidades desconhecem essas atividades, o peixe está na mesa mas não sabe como ele chegou até ali, por exemplo. É importante levar para a cidade essa vida na comunidade e até, quem sabe, despertar o turismo na região. Esse conhecimento, esse intercâmbio, é muito necessário”, finaliza Mirian Bondim.

O projeto CIRCOLAR é uma produção do Grupo Circo Turma Em Cena, idealizado pelo produtor cultural Adriano Didi e que desde o ano 2000 desenvolve e aprimora um estilo artístico original com produções cênicas, audiovisual, circo-teatro, palhaçaria, acrobacias, mágicas, malabares, pernas de paus, teatro de bonecos, musicais, oficinas e brincadeiras que podem se adaptar a todas as idades e todos os locais. Além da equipe de arte educadores e palhaços, o projeto ainda conta com a coordenação artística de Gil Del Carmo, da Zóio da Arte Produções, e dos registros de foto e audiovisual de Gilson Moreira.

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