ESTADO
Na manhã desta sexta-feira, dia 14, foi realizada uma reunião na sede do Instituto Mov Rio, coordenador do programa Disque Denúncia, com as presenças do Comando de Polícia Ambiental, Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Proteção e Direito dos Animais, com objetivo de discutir a melhor maneira de repassar aos órgãos de meio ambiente do Estado e do município do Rio de Janeiro, as denúncias chegadas ao programa Linha Verde, sobre maus tratos contra animais. Desta forma, a informação receberia um tratamento diferenciado e seria encaminhada de uma melhor maneira para o órgão fiscalizador, fazendo com que as polícias ambientais possam dar mais visibilidade e atenção para outros assuntos relativos ao meio ambiente, como desmatamento, construções irregulares, balões, extração mineral, entre outros.
Somente nos primeiros quatro meses deste ano, o programa Linha Verde já cadastrou cerca de 5.300 denúncias de crimes ambientais em todo o Estado do RJ. Deste montante, 3.357 (cerca de 62%) são relativas ao crime de maus tratos contra animais, sendo que quase 2 mil dessas dizem mencionam que o fato ocorre no município do Rio de Janeiro. Comparativamente, abaixo de maus tratos contra animais, o Linha Verde, do Disque Denúncia já recebeu neste ano 455 denúncias sobre extração irregular de árvores, 432 sobre poluição do ar, 354 de guarda e comércio de animais silvestres e 292 sobre desmatamento florestal, ou seja, com o número exorbitante de denúncias sobre maus tratos, o Comando de Polícia Ambiental e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente acabam não conseguindo averiguar diversos outros crimes ambientais que ocorrem no Estado.
Durante a reunião, ficou definido que as denúncias recebidas pelo Linha Verde, através dos telefones (21) 2253 1177 e 0300 253 1177, além das recebidas pelo WhatsApp (21) 99973 1177 e pelo Aplicativo “Disque Denúncia RJ” que forem relativas ao município do Rio de Janeiro serão encaminhadas exclusivamente à Secretaria Municipal de Proteção e Direito dos Animais, otimizando assim o combate ao ilícito por parte desses do órgão municipal, desafogando tanto o Comando de Polícia Ambiental quanto a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para o restante das denúncias de crimes ambientais recebidas pelo Disque Denúncia, já que o tempo de resposta com relação aos outros crimes seria otimizado e as forças policiais poderiam averiguar com mais celeridade. Vale reforçar que com isso, a própria população teria um retorno mais rápido de suas demandas, já que, essa denúncia encaminhada pelo Linha Verde à Prefeitura, seria verificada pela Secretaria e o município comunicaria ao Disque Denúncia o que foi feito. Dessa forma, quando o denunciante ligar para a central do Linha Verde para saber do andamento de sua denúncia, o atendente repassaria o retorno recebido pela Prefeitura do Rio. Além disso, o Disque Denúncia ajudaria a própria Secretaria Municipal de Proteção e Direito dos Animais com análise de dados e cruzamento de informações, com objetivo de priorizar e mitigar o número de maus tratos contra animais, potencializando assim o combate à esse assunto.
Participaram do encontro, o Diretor Geral do Instituto Mov Rio e coordenador do Disque Denúncia, Renato Almeida; Coronel Luciano de Vasconcelos, comandante do Comando de Polícia Ambiental (CPAm); Major Rosendo, setor operacional do Comando de Polícia Ambiental; Vinícius Cordeiro, Secretário Municipal de Proteção e Direito dos Animais do Rio de Janeiro, além do Delegado Wellington Vieira (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente).