Indústrias do setor automotivo das Agulhas Negras seguem inoperantes sem insumos

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AGULHAS NEGRAS

A paralisação dos caminhoneiros segue prejudicando a produção industrial no Sul Fluminense, principalmente nas fábricas do setor metal-mecânico como as montadoras de veículos MAN Latin America, Nissan do Brasil e PSA Peugeot Citroën. A segunda-feira foi novamente de produção paralisada, com folga concedida aos industriários.

A reportagem do A VOZ DA CIDADE manteve contato com a direção das empresas, que foram sucintas ao comentar a situação que prejudica toda a economia regional. Segundo a assessoria de imprensa da MAN Latin America, não houve produção nesta segunda. “Não tivemos produção hoje. O turno administrativo trabalha normalmente”, disse a empresa de forma sucinta. Questionada sobre os impactos da paralisação no faturamento da empresa e como pretende compensar os dias parados, a reportagem não obteve resposta. A assessoria revelou que “a empresa opta por não revelar essas informações por considerá-las estratégicas”. A MAN está situada no polo industrial de Resende, responsável pelo Consórcio Modular que produz chassis de caminhões e ônibus.

Ainda em Resende, a montadora Nissan do Brasil, fabricante de carros como March, Versa e Kicks, a informação é de turnos paralisados sem atividade dos funcionários. Assim como a MAN, a montadora alega não receber insumos necessários para a sua produção. O transporte dos materiais, assim como o deslocamento de sua produção até as revendas é realizado pelos caminhoneiros, categoria que chegou ao oitavo dia de paralisação nacional nesta segunda-feira.

Entre os insumos necessários e não entregues pelos caminhoneiros constam aqueles responsáveis por extrair as matérias-primas utilizadas na produção das peças como aço, alumínio, borracha, vidro, produtos químicos, entre outros. No setor de autopeças as montadoras utilizam matérias-primas para motores, suspensões, câmbios, sem citar os fornecedores indiretos de material para garantir o suprimento operacional dos industriários na linha de produção, como luvas, capacetes, graxa, entre outros.

Na Nissan também não houve atividade na linha de produção, nesta segunda-feira, o que deve se repetir pelos próximos dias. “Com a greve dos caminhoneiros, o abastecimento de peças da fábrica da Nissan em Resende foi comprometido. A empresa está envidando todos os esforços para minimizar o impacto na produção”, limitou-se a informar a empresa.

Na PSA Peugeot Citroën, situada em Porto Real, a situação é semelhante: linha de produção de veículos como Peugeot 3008, Peugeot 307 e Citroën Aircross, a informação repassada nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa é que a produção está paralisada. “Não temos previsão de retorno no momento. Os setores administrativos seguem trabalhando, alguns colaboradores em regime de home-office”, comunica a empresa.

Além de não receber insumos, as fábricas alegam também que as terceirizadas responsáveis pelo serviço de condução de seus funcionários, empresas de ônibus de fretamento, encontram dificuldades em abastecer a frota devido à paralisação dos caminhoneiros e falta de óleo diesel.

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