Incêndio no entorno da Floresta da Cicuta que atingiu a Cooperativa Reciclar está sendo investigado  

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VOLTA REDONDA

As queimadas instantâneas ou criminosas vêm provocando grandes preocupações, em Volta Redonda, nos últimos dias. Entre as mais recentes estão a do início da semana passada na região norte, no bairro Voldac, e a do último domingo, dia 13, na região Centro Sul da cidade, que atingiu Sessenta e Siderópolis. Essa última, no entorno da Floresta da Cicuta, que chegou à Cooperativa Reciclar, localizada na Rua 35, no bairro Sessenta, já está sendo investigada. Foi um dos maiores incêndios registrados na área na ultima década e a informação é de que as chamas destruíram as baias de um dos três galpões da cooperativa.

Conforme vem sendo divulgado pelas redes sociais, desde quando iniciou o incêndio, apelos e revoltas dos moradores somados às ações do Corpo de Bombeiros fizeram uma alerta geral. O fogaréu assustou moradores da redondeza e ainda preocupa, já que até as minas mais antigas dos dois bairros foram atingidas. Por causa do fogo, a água deixou de chegar às minas.

FOGO INICIOU NA MADRUGADA DE SÁBADO

Segundo declarações de moradores, as queimadas no entorno da região da Cicuta tiveram início na madrugada de sábado, dia12, e prosseguiu no domingo. Acredita-se que os tubos que levam a água da mina até a bica queimaram, por isso não está chegando a água. Apesar de ter sido de grande proporção, o incêndio não deixou feridos, mas causou prejuízos para os 25 associados.

Conforme nota oficial do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o incêndio criminoso de grandes proporções iniciado no sábado, dia 12, no bairro Siderópolis, destruiu áreas de pastagem da Fazenda Santa Cecília e atingiu apenas parcialmente a vegetação na borda da Are Floresta da Cicuta. Após verificação na manhã do último domingo, dia 13, foi confirmado que na região da floresta o incêndio foi extinto.

Ainda de acordo com a nota, os aceiros de proteção contra incêndios e a pronta atuação do Corpo de Bombeiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foram fundamentais para impedir que o fogo atingisse a toda a Floresta da Cicuta. Consta também na nota que, a equipe do ICMBio continua monitoramento para verificar o surgimento de novos focos de incêndios. “Comunicamos também que já possuímos informações sobre o responsável pelo incêndio e que estamos apurando o ocorrido para aplicar as medidas cabíveis para denunciar crimes ambientais. Para denunciar crimes ambientais liguem para (24) 3342-1443 ou através do e-mail are.cicuta @ icmbio.gov.br”, conclui a nota.

MULTA E AUTUAÇÃO POR CRIME AMBIENTAL

Se a denúncia for comprovada e a pessoa suspeita identificada será multada e autuada por crime ambiental. O valor da multa a ser aplicada, de acordo com o previsto na legislação ambiental, varia conforme os itens dos danos que foram constatados.

O instituto avaliará ainda sobre o impacto ambiental e as medidas tomadas, como o prejuízo para a fauna, flora e levantamento de animais silvestres afetados. O incêndio chegou a grandes proporções, devastando áreas de pastagem da Fazenda Santa Cecília. Por isso, as chamas chamaram a atenção e assustaram moradores das proximidades. A dona de casa Eliane Almeida, 52 anos, destacou que já tinha visto várias queimadas, mas como essa na Cicuta nunca. “Foi muito fogo. Desesperador. Horrível. Fiquei com muito medo e assustada”, declarou a moradora. Outra moradora das proximidades da área, Maria Helena Rodrigues, de 44 anos, disse que estava dormindo e acordou com os estalos por causa do fogo. “Fiquei assustada. Nunca tinha visto tanto fogo na minha vida em um lugar só. Foi um crime. Quem fez isso tem que pagar, pois danos de todos os lados”, concluiu a mulher.

 

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