INB realiza Exercício Geral de Emergência na FCN, em Resende

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RESENDE 

A Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no distrito de Engenheiro Passos, em Resende, passou nesta quarta-feira pelo Exercício Geral de Emergência, supervisionado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron). O objetivo do evento, que acontece a cada dois anos, foi averiguar e avaliar se os procedimentos recomendados pelos órgãos competentes funcionam na prática.

O Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Resende (Copren/RES) é composto de 16 instituições, que juntos planejam o exercício. Cerca de 30 pessoas participaram da atividade, segundo a INB. O exercício consistiu na condição hipotética de invasão na fábrica e sequestro de um empregado. Posteriormente, foi simulado um incêndio na torre de metanol, estrutura localizada na Fábrica Reconversão, Pastilhas e Enriquecimento. O refém foi supostamente atingido pelo fogo, e socorrido pela ambulância da INB.

Depois, com a suspeita de mais uma vítima, foi acionado o Hospital Henrique Sérgio Grégori. O exercício levou cerca de duas horas e terminou com a simulação de uma entrevista feita ao coordenador do evento, Marcelo Sobral, superintendente de Produção do Combustível na INB.

A simulação também contou com o atendimento emergencial a uma vítima de incêndio no interior da unidade

De acordo o engenheiro da INB David Acherman, responsável pelo Plano de Emergência Local, a intenção do exercício foi testar todos os meios disponíveis para combate a emergências, não só do grupo do Plano de Emergência da empresa, mas também dos órgãos externos de apoio. Acherman desconsidera a possibilidade de uma invasão real nas instalações da FCN, mas alegou que a simulação é necessária para o envolvimento de todos os órgãos, além de ser o ponto de partida do foco do treinamento, que era o incêndio. O engenheiro disse que o exercício atingiu todos os resultados estimados. “Começamos a fazer o planejamento no começo do ano e a cada reunião acrescentamos alguma atividade. O evento foi um sucesso total. Todas as instituições participantes e o Plano de Emergência chegaram na hora que foram requisitados e tudo aconteceu como previsto”, ressaltou.

De acordo com o comandante da Marinha, comandante do Sipron e supervisor do exercício, Guilherme Vizaco, a atividade é importante para que os envolvidos atuem em constante melhoria dos procedimentos e testem efetivamente a estrutura existente. “É necessário que todas as ações sejam feitas de forma ordenada, para evitar eventuais ocorrências”, disse Vizaco. O comandante terminou dizendo que o GSI, como órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, tem a responsabilidade de coordenar as ações que visam proteger a população, os trabalhadores, o meio ambiente e as instalações nucleares.

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