RESENDE
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) encerrou, nesta semana, mais um ciclo estratégico de produção de combustível nuclear com resultados considerados positivos ao longo de 2025. Na segunda-feira, dia 15, a estatal concluiu a fabricação da 30ª Recarga da Usina Nuclear de Angra 1, com a produção de 44 elementos combustíveis. Já na terça-feira, dia 16, foi finalizado o transporte da 21ª Recarga de Angra 2, que saiu da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), localizada no distrito de Engenheiro Passos, em Resende, com destino à usina, em Angra dos Reis.

Transporte da 21ª Recarga de Angra 2 envolveu seis operações logísticas – Divulgação
Para a 30ª Recarga de Angra 1, a INB utilizou cerca de 10 mil varetas combustíveis. A previsão é de que o transporte desse material até a usina ocorra em meados de 2026, seguindo rigorosos protocolos de segurança e controle de qualidade exigidos pelo setor nuclear.
No caso da 21ª Recarga de Angra 2, o processo logístico envolveu seis operações de transporte, sob responsabilidade da Eletronuclear. Ao todo, serão substituídos 56 elementos combustíveis, o que representa aproximadamente 30% do núcleo do reator. A recarga está associada à 21ª Parada Programada da usina, prevista para começar em 16 de janeiro, com duração estimada de cerca de 50 dias, estendendo-se até 6 de março de 2026.
Segundo o diretor do Combustível Nuclear (DCN) da INB, Reinaldo Gonzaga, o último ano exigiu grande capacidade de adaptação por parte da empresa. Ele destacou que a ampliação do tempo de operação dos reatores impactou diretamente a demanda por novas recargas. “A ampliação do tempo de operação dos reatores reduziu a demanda por novas recargas, resultando em produção de somente uma anual em algumas campanhas produtivas. Ainda assim, a companhia manteve o foco na finalização da produção com segurança, qualidade e confiabilidade”, afirmou Gonzaga.