INB comemora 20 anos da entrega da primeira recarga de Angra 2

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RESENDE

Este início de 2022 marca os 20 anos da entrega da primeira recarga de Angra 2 pela Indústrias Nucleares do Brasil – INB. O fato comprovou a capacidade da empresa de atender, através da produção de elementos combustíveis, a crescente demanda brasileira em energia nuclear. A recarga, composta por um total de 56 elementos, foi enviada à Eletronuclear entre janeiro e fevereiro de 2002 para dar início à substituição do primeiro preenchimento do núcleo do reator, realizado em 1999, pela própria INB. O elemento combustível é uma estrutura de tubos metálicos, chamados de varetas, preenchidos com pastilhas de urânio enriquecido, que alimenta as usinas brasileiras para a geração de energia nuclear.

De acordo com o gerente de Engenharia de Processos e do Produto, que atua na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN, em Resende/RJ, Marco Antônio Fonseca de Sá, muitas mudanças e avanços importantes aconteceram nesses 20 anos, como o domínio tecnológico das etapas de fabricação e inspeção, além da qualificação da engenharia no projeto do elemento utilizado em Angra 2.

“A partir da 7ª recarga foram introduzidos os combustíveis do projeto HTP (High Thermal Performance – Alto Desempenho Térmico). Ele consiste na alteração de projeto de alguns componentes do elemento, como grades espaçadoras, tubos guias e bocais, com o objetivo de propiciar maior queima no reator e, consequentemente, maior eficiência energética”, esclareceu.

Melhorias também foram aplicadas na estrutura do parque fabril, como a modernização de equipamentos utilizados na soldagem do esqueleto e das máquinas de soldagem das varetas combustíveis, que, segundo o engenheiro, permitem à INB considerável aumento de produtividade.

Para os próximos 20 anos, o engenheiro prevê ainda avanços importantes no serviço oferecido pela FCN. “Estamos atentos às melhorias de materiais e processos de fabricação e inspeção dos elementos combustíveis e, neste sentido, temos trabalhado arduamente no projeto de nacionalização de componentes nucleares essenciais ao Planejamento Estratégico da empresa”, finalizou Marco Antônio.

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