Inadimplência do consumidor desacelera e cresce 0,9%, afirma CNDL

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SUL FLUMINENSE

Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que, após atingir crescimento recorde no auge da recessão econômica, a inadimplência do consumidor dá sinais de desaceleração. O volume de atrasos no primeiro semestre de 2019 cresceu 0,9% na comparação com o final do ano passado.

É a segunda menor variação nos atrasos desde 2012, quando a inadimplência havia crescido 5,8% no primeiro semestre daquele ano. Já em 2017, o crescimento observado fora muito semelhante ao deste ano, com alta de 0,8%. Na região, os dados foram percebidos no controle de alguns empresários. “Percebi uma redução no cadastro da minha loja, acredito que por ser uma época que as pessoas buscam o acerto já projetando quitar dívidas do Natal passado, contas do carnaval. Assim, ganham fôlego para as compras de fim de ano. A inadimplência caiu 3% em minha loja”, comenta Samuel Fagundes.

Considerando apenas o mês de junho, o volume de consumidores com contas sem pagar e registrados em listas de inadimplentes também apresentou um crescimento mais modesto:alta de 1,7% frente a junho de 2018. É o menor avanço na base anual de comparação desde dezembro de 2017 (1,3%). “Eu paguei parte das dívidas mais pesadas, mas ainda falta alguma coisa a acertar até agosto. As lojas que acertei os carnes devem ter registrado bom índice. Aquelas que ainda devo terão que esperar até o fim do ano, 13º salário, para eu tentar zerar tudo”, comenta a dona de casa Patrícia da Cunha.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, até abril deste ano o país tinha 62,6 milhões de pessoas desempregadas o que afeta o setor do comércio. “O ano de 2019 vem frustrando as expectativas de que haveria uma consolidação no processo de retomada econômica com reflexo positivo no dia a dia dos consumidores. A recuperação está mais lenta do que o esperado e as projeções mostram que teremos um segundo semestre ainda tímido para as finanças do brasileiro”, analisa Costa.

Segundo a CNDL, a inadimplência no Sudeste teve alta de 3,4% e um quarto das pessoas que devem está na faixa dos 30 anos. E ainda, os inadimplentes devem, em média, aproximadamente R$ 3.250. As contas básicas de água e luz lideram ranking de atrasos.

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