VOLTA REDONDA
Na terça-feira, 15, dia em que o secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, anunciou que o município e a cidade de Miguel Pereira irão abrigar os primeiros colégios militares da região, foi de muita expectativa. Após a declaração do secretário, os interessados no projeto já iniciaram as discussões. Na Cidade do Aço, a escola poderá funcionar no Ciep 403, Maria de Lourdes Giovanetti, que a um bom tempo vem sendo defendido por entidades diversas e pela comunidade local.
Na terça-feira a noite mesmo, dois representantes do secretário Estadual de Educação, do Governo Municipal, como a secretária Municipal de Educação, Rita de Cássia, da Defesa Civil de Volta Redonda e do Corpo de Bombeiros, além do presidente da Associação de Moradores do Açude, Alan Cunha, da Comissão da Ocupação do Ciep e outros, se reuniram no bairro para a primeira reunião para discutir o caso.
VISTORIA NA ESCOLA
Segundo informou o presidente da Associação de Moradores, a escola foi vistoriada pelos representantes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil e depois ocorreu a reunião. Disse que a proposta do estado é criar o espaço para uma escola militar, mas que a comunidade e ex-alunos mantêm a proposta de continuar com o segundo grau. O objetivo da comunidade e ex-alunos é não deixar o Ciep acabar, ou seja, não deixar que 26 anos de história termine assim.
Na reunião, de acordo com o líder comunitário, todas as ideias foram apresentadas e discutidas. Os dois lados apresentaram seus pontos de vista, mas ficou claro que a comunidade quer permanecer com o espaço para atender os alunos do segundo grau. “O Ciep pode até ser usado para abrigar uma escola militar, mas não abrimos mão de funcionar nela também uma escola de segundo grau”, declarou Alan Cunha, ressaltando que deve permanecer o segundo grau, com a direção da Secretaria Estadual de Educação e a escola militar recebendo verba federal.
O presidente informou ainda que na próxima semana haverá uma audiência. Na ocasião, de acordo co m Alan, o secretário de Educação, Pedro Fernandes, deverá visitar o bairro Açude para conversar com a comunidade, visando solucionar o problema.
AVANÇANDO
Alan Cunha lembrou que as ações contra o fechamento do Ciep 403 Maria de Lourdes Giovanetti têm avançado e que diversas entidades sindicais e partidárias se juntaram ao movimento “O CIEP é nosso, o CIEP é do Açude”, que contabilizam diversas ações, entre elas, o recolhimento de mais de 1.200 assinaturas contra o fechamento da unidade escolar. As assinaturas que foram recolhidas por diversos voluntários pelas ruas da comunidade, além da manutenção de uma tenda colocada na entrada do Ciep com objetivo de recolher assinaturas para um abaixo-assinado e de pré-fichas de inscrições de matrículas para estudarem no Ciep para 2019, já são 150.
O líder comunitário lembrou ainda que foram desenvolvidos atos de resistência pacífica para quê os caminhões da Secretaria de Educação não retirassem os mobiliários do Ciep. “Ingressamos ação judicial impetrando um mandato de segurança que visa manter os móveis dentro da unidade e do seu fechamento autoritário, através da comissão OAB vai às escolas. “Durante o período que estivemos no Ciep e fizemos trabalho de manutenção, corte do mato, capina, limpeza do lado de interno e externo da escola, pintura nas paredes e retirada de entulhos, onde associação de moradores tem desenvolvido um trabalho de resgate da escola”, concluiu Alan Cunha.