HSJB é notificado por falta de EPIs, insumos médicos e problemas no fluxo de pacientes com Covid-19

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VOLTA REDONDA

O Hospital São João Batista (HSJB) foi notificado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a Defensoria Pública do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), após várias irregularidades apontadas em fiscalização do Cremerj. Foram identificados problemas no fluxo de pacientes com Covid-19, falta de insumos importantes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além disso, há problemas de questões trabalhistas que vêm sendo enfrentados pelos médicos da unidade.

O delegado do Cremerj, Felipe Canavez, falou ao A VOZ DA CIDADE que desde que a Organização Social (OS) assumiu a gestão da unidade, no início do ano,  a situação do hospital tem piorado drasticamente. A notificação é para que os diretores e coordenadores da OS e a Prefeitura de Volta Redonda se justifiquem e resolvam a situação. “Isso foi um trabalho que partiu da Defensoria Pública em cima de denuncias, que solicitou uma fiscalização, realizada em junho, onde foi emitido um laudo, solicitando providências, contudo sem respostas”, destacou o delegado.

“Pela falta de resposta, resolvemos unir forças com a Ordem de Advogados e a Sociedade Médica do Rio de Janeiro e fizemos a notificação em conjunto para que tomem uma providência urgente”, explicou Felipe Canavez, apontando que as falhas são um fato e foram constatadas nas fiscalizações. “Agora resolvemos entrar com uma ação num ponto mais jurídico para encontrar a solução”, afirmou.

Irregularidades apontadas

Segundo a notificação, obtida pelo jornal, as irregularidades apontadas são: incorreção do fluxograma de atendimento; ausência de leitos de enfermaria para Covid-19, onde pacientes internados com o vírus estão em mesmo ambiente de outros com doença diversas; incompleta estrutura dos leitos de UTI, onde dos dez leitos, apenas cinco têm todos os itens exigidos; provável desconformidade da tabela de médicos plantonistas e de médicos rotina; crítica situação do estoque de máscaras profissionais e de medicamentos sedativos e bloqueadores neuromusculares; ausência de insumos básicos, como medicamentos, gaze, compressas, agulhas e seringas; problemas nos repasses financeiros e irregularidades na gestão de pessoal, ocasionando risco potencial à continuidade do atendimento, pela ameaça de demissão coletiva de grande parte do corpo clínico.

Demissão coletiva

Na semana passada pelo menos 12 médicos disseram que pediriam demissão do HSJB por causa dos atrasos de pagamentos e a falta de insumos básicos. No dia 28 houve uma reunião entre a Secretaria de Saúde, a Organização Social e médicos da unidade, onde foram expostas as dificuldades apuradas.

O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a OS  e com a Prefeitura de Volta Redonda, que até a publicação desta nota, ainda tinham se manifestado.

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