VOLTA REDONDA
Com os crescentes números de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, os leitos dos hospitais da capital estão ficando superlotados e o colapso se aproxima. E uma preocupação ainda continua a assolar prefeitos da região e população: com a falta de leitos na capital, pacientes estão sendo transferidos para o Hospital Regional Zilda Arns, localizado na cidade do Aço.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) houve rápido crescimento para internações nas últimas semanas. Atualmente, a taxa de ocupação total da rede estadual é de 66% em leitos de enfermaria e 80% em leitos de UTI. Há duas semanas, as taxas eram de 41% e 63%, respectivamente.
Com os altos números a solução tem sido recorrer aos hospitais de referência. Na região, quem cumpre esse papel é o Hospital Regional Zilda Arns, no local, as taxas de ocupação são de 54% de UTI e 40% de enfermaria. Vale lembrar que a unidade de saúde fica a 120 quilômetros, aproximadamente, do Centro do Rio. De acordo com a SES não existe porcentagens de leitos para pacientes moradores da região e os vindos de fora.
Através de nota, a SES ressalta que transferências entre unidades fazem parte do protocolo estabelecido para não sobrecarregar as equipes das unidades e o atendimento prestado, já que os pacientes de Covid-19 necessitam de preparo específico pela gravidade dos quadros. Isso faz com que a secretaria encaminhe o paciente de forma alternada para as diferentes unidades espalhadas pelo território.
A SES informa ainda que entregou, nesta quarta-feira (22), 37 novos respiradores às unidades estaduais. A secretaria reforça ainda que aguarda a entrega de novos kits com respiradores e monitores pelo Governo Federal para a abertura de leitos no estado e apoio aos municípios na abertura de leitos próprios.
Ainda de acordo com a secretaria, serão disponibilizados dois mil leitos em nove hospitais de campanha e modular, que serão inaugurados de forma gradativa no mês de maio, de acordo com a evolução da pandemia. As primeiras unidades a serem abertas são as do Leblon e Maracanã. Segundo fala do secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, aos prefeitos da região que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Médio Paraíba (Cismepa), na última semana, com esse aumento na capital de leitos, o Hospital Regional teria menos pacientes vindos de fora.