Hospital Regional é centro de discussão entre prefeito, MPRJ e entidades empresariais

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  VOLTA REDONDA

A necessidade de regularização do Hospital Regional Zilda Arns foi assunto principal da reunião realizada hoje pela plataforma digital entre o prefeito Samuca Silva, membros do Ministério Público e de entidades empresariais da cidade do Aço, como Sicomércio, CDL e Aciap. O foco foi buscar alternativas para equilibrar o desenvolvimento das atividades econômicas com a adoção de medidas para conter o avanço do coronavírus.

Segundo o promotor do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Kataoka, a situação da região acabou sendo agravada não apenas pelo contágio da doença, mas principalmente pela suspensão de recebimento de novos pacientes no Hospital Regional Zilda Arns. “Isso sobrecarregou o sistema de saúde de Volta Redonda, principalmente em relação ao número de pessoas que necessitavam de internação em leitos de UTI, o que resultou na restrição de uma parte das atividades econômicas, com o fechamento do comércio”, explicou o promotor, frisando que é necessária a regularização do Hospital Regional. “Pode ser que a gente caminhe para uma possível judicialização pelo Ministério Público em face do Estado para garantir o funcionamento da unidade. Estamos analisando essa possibilidade”, disse Leonardo.

Foram elencadas pelo prefeito Samuca Silva as orientações e posturas que estão sendo implantadas na cidade. O prefeito destacou que Volta Redonda tem a característica de atender pacientes de outros municípios que não contam com leitos disponíveis para a Covid-19. “Agora fiz um decreto para não receber, por regulação, esses pacientes. Além disso, recebemos, nesta terça-feira, os mais de dez mil comprimidos de Nitazoxanida, substância que será utilizada para pacientes com casos leves e iniciais com Covid-19. Isso vai evitar o agravamento da doença e, obviamente, reduzir a ocupação dos leitos de UTI”, disse o prefeito.

Para Luiz Fernando Cardoso, presidente da Associação Comercial e Industrial de Volta Redonda, é preciso unir forças para superar os obstáculos. “Precisamos amenizar as limitações do comércio porque, infelizmente, essa gripe não tem fim e nós não somos culpados. Precisamos que o governo do Estado regule novamente os pacientes com a Covid-19 no Hospital Regional”, disse Cardoso.

Os estabelecimentos comerciais de Volta Redonda estão há dez dias fechados. Os primeiros sete dias foram definidos porque o prefeito decidiu assim devido ao aumento de casos e a impossibilidade de novos pacientes ingressarem no Hospital Regional. Eles reabririam na última segunda-feira, porém no sábado, dia 4, a cidade ultrapassou o limite de 50% de ocupação dos leitos de UTI, que ficou estabelecido em acordo com o Ministério Público (MP) para a flexibilização das atividades econômicas. O número chegou a 62,92% de ocupação no sábado, e no domingo, dia 5, caiu para 51%. Com isso, as atividades não essenciais, que estavam previstas para retornar na segunda, continuaram suspensas por mais sete dias.

HOSPITAL REGIONAL

Há mais de duas semanas o Hospital Regional está com as portas fechadas para receber novos pacientes em virtude do atraso em três meses do pagamento feito a OS que o administra. Foi autorizado na segunda e feito hoje o depósito de R$ 2,9 milhões para a conta da Imaps, Organização Social. A expectativa é que até quinta-feira sejam depositados mais R$ 20 milhões.

 

 

 

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