SUL FLUMINENSE/RIO
No primeiro trimestre deste ano, o Estado do Rio de Janeiro apresentou os menores números de homicídio doloso dos últimos 31 anos, segundo levantamento nesta semana apresentado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Entre janeiro e março de 2022 foram 760 vítimas, representando uma diminuição de 18% quando comparado com o mesmo período do ano passado. O indicador também registrou queda no mês de março, de 18%. Em pesquisa realizada pelo A VOZ DA CIDADE baseada no mesmo levantamento, também houve uma queda de registros do crime na região Sul Fluminense em comparação ao primeiro trimestre deste ano com o ano anterior, sendo ela de 29,81%.
No ano de 2021, a região registrou 104 ocorrências de homicídios dolosos nas Delegacias de Polícia. Volta Redonda ficou em primeiro lugar com 17 casos, seguida de Angra dos Reis com 14. Em terceiro vem Resende com 13 registros, Barra Mansa com 11; Paraty e Barra do Piraí com nove, cada uma; Comendador Levy Gasparian com sete; Paracambi e Itatiaia com seis cada uma delas; Vassouras com três, assim como em Pinheiral; Porto Real e Miguel Pereira com dois, cada; um caso em Paraíba do Sul e mais um em Sapucaí; e nenhum caso em Rio Claro, Mangaratiba, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Piraí, Rio das Flores e Valença.
Já este ano, no mesmo período, Volta Redonda, apesar da queda em nível regional, prevaleceu em primeiro lugar no ranking e subiu para 22 casos; seguido de Barra Mansa com 11, Angra dos Reis com oito, Resende com sete, Barra do Piraí e Itatiaia com cinco, cada e Comendador Levy Gasparian com três ocorrências. Registraram dois casos, cada, os municípios de Paracambi, Valença, Miguel Pereira, Porto Real e Paraty; e um, cada, Pinheiral e Piraí. Já no mesmo período não foi registrada nenhuma morte em Rio das Flores, Vassouras, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Sapucaia, Mangaratiba, Rio Claro e em Paraíba do Sul. O total este ano ficou em 73 casos.
Outros crimes contra a vida também tiveram reduções expressivas no primeiro trimestre, como o roubo seguido de morte (latrocínio). O indicador caiu mais da metade em três meses no Estado – foram 14 vítimas em 2022, contra 32 em 2021. Esse também foi o menor valor para o período desde 1991. A letalidade violenta – que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do estado – recuou 23%, também o menor valor para os três meses desde 1991. Já as mortes por intervenção de agente do estado apresentaram diminuição de 30% no período.
“Mais uma vez os crimes contra a vida batem recorde de redução, alguns apresentando o menor resultado em mais de 30 anos. Isso é consequência do trabalho que vem sendo realizado pelas polícias Civil e Militar, com reforço do Segurança Presente. Trabalhamos para alcançar redução em todos os indicadores, mas a vida é o bem maior e preservá-la é prioridade do nosso governo”, ressaltou o governador Cláudio Castro.
Ainda segundo o ISP, nos crimes contra o patrimônio, os roubos de rua (roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho) tiveram queda de 24%, registrando o menor valor para o trimestre desde 2006, com 14.499 casos. Os roubos de veículo e de carga também registraram diminuição em três meses, de, respectivamente, 16% e 5%.
“Os resultados positivos da segurança pública estadual não são triviais. Além dos crimes contra a vida, que estão atingindo regularmente os melhores números, os crimes contra o patrimônio seguem o mesmo caminho. Os dados só reforçam a importância de um trabalho integrado entre as polícias”, afirmou a diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública, Marcela Ortiz.
