Samu instaura sindicância para apurar suspeita de falha no atendimento de homem dado como morto

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Segue internado no Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, Mário Tanaka, de 46 anos. Ele morava com a mãe Neide Tanaka, de 70 anos, em um apartamento na Avenida Oscar de Almeida Gama, no bairro Aterrado. Na manhã de segunda-feira, 29, ele havia sido dado como morto, quando foi encontrado junto com o corpo da mãe, que estava morta no interior do móvel onde moravam.

Pela manhã, vizinhos do prédio onde Mário e a mãe estavam sentiram um mau cheiro e acionaram o Corpo de Bombeiros. Em seguida, por volta das 9 horas, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no apartamento, mas os profissionais tiveram dificuldade de entrar no imóvel, que fica no terceiro andar do prédio. Mário e a mãe foram dados como mortos, inicialmente. Mais tarde, quando o perito da Polícia Civil chegou ao imóvel, uma surpresa. A mulher estava morta, mas Mário estava vivo. Logo em seguida ele foi socorrido e levado para o HSJB, onde segue internado se recuperando.

O caso foi registrado na 93ª Delegacia de Polícia (DP). Agora, o delegado titular Franquis Nepomuceno, aguarda o laudo de necropsia, na próxima semana, para saber a causa morte da mulher, que não apresentava nenhuma marca de violência. O delegado espera ainda a recuperação de Mário para ouvi-lo sobre o que ocorreu. Mário foi internado com fortes tremores pelo corpo, desidratação severa, sarna, muito pálido, mas se recupera bem.

SINDICÂNCIA

A direção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência já instaurou sindicância interna para apurar a suspeita de falha da equipe que atendeu o caso e deu Mário como morto. A informação é de que os profissionais estiveram no apartamento onde estavam mãe e filho e não perceberam que o homem estava vivo. Em nota, a direção do Samu informou que foi aberta uma sindicância interna para apurar o corrido, onde serão ouvidos todos os profissionais envolvidos no atendimento, bem como, as gravações do sistema de telefonia e regulação onde são arquivados todos os registros e dados relativos ao atendimento. “Na apuração primária ouve relato por parte dos profissionais que realizaram o atendimento a dificuldade de acesso à residência, sendo necessário apoio do corpo de Bombeiros para adentrar ao imóvel. Será solicitada de imediato uma reunião com o grupo condutor regional do sistema atenção às urgências para apuração multissetorial do evento ocorrido”, consta na nota.

Até o fechamento desta publicação, não havia informação sobre velório e sepultamento de Neide Tanaka.

 

 

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