NOVA IORQUE/SUDÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que um dos lados combatentes na guerra do Sudão ocupou um dos principais laboratórios sanitários, que armazena bactéria da cólera e outros patógenos de risco à saúde do ser humano.
O representante da OMS no Sudão, doutor Nima Saeed Abid, participou de uma coletiva de imprensa das Nações Unidas (ONU) realizada em Genebra, na Suíça, na terça-feira, dia 25. Ele falou a repórteres através de videoconferência, da cidade de Porto Sudão.
Abid informou que uma facção envolvida no atual conflito invadiu e ocupou o Laboratório Nacional de Saúde Pública, situado na Capital, Cartum.
Ainda segundo informações do agente da OMS, o grupo está usando o edifício como instalação militar. O local armazena amostras isoladas de poliomielite e cólera. O que foi motivo para a OMS expressar profunda preocupação com a atual situação.
O representante da OMS não forneceu detalhes a respeito do grupo, mas informou que a facção ordenou a expulsão de todos os técnicos que trabalhavam no laboratório.
A capital sudanesa enfrenta escassez de energia elétrica. Abid alertou que há risco alto de ameaça biológica devido à expulsão dos técnicos e de possíveis cortes de energia no laboratório.
Confrontos há pouco mais de uma semana entre as forças armadas, comandadas pelo líder de fato do país desde o golpe de Estado de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, chefiados pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como Hemedti.