GSports rebate acusação do técnico do BMFC sob esquema criminoso

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BARRA MANSA

Ezequias Oliveira, proprietário da GSports, procurou o A VOZ DA CIDADE na tarde de hoje após ter o nome de sua empresa citado durante declaração do presidente do Barra Mansa Futebol Clube, Anderson Martins Florentino, o Andrinho, sobre um esquema criminoso no mundo do futebol, exposto em março deste ano na Rede Globo e que chegou a região. Ele nega as acusações e garante que gastou, quando intermediador do clube, cerca de R$ 85 mil, durante pouco mais de um ano e que se afastou ao descobrir o que ele define como ‘jogo sujo’.

Oliveira explica que sua empresa existe há 20 anos no mercado e que nunca teve o nome exposto em qualquer tipo de notícia vinculada a corrupção e que até hoje tem dívidas que atribui ter criado por apenas ajudar o time. “Eu não sei por que o Andrinho citou o nome da minha empresa. Nunca tivemos envolvidos em escândalos”, disse. “Me desvinculei do Barra Mansa antes desse episódio acontecer. Ajudei o clube com R$ 85 mil e ainda devo algumas pessoas aí na cidade”, comentou Oliveira.

Ele garante que se desligou do time no primeiro turno, antes disso tudo acontecer. “Não ia ficar gastando meu dinheiro aí sabendo o que estava acontecendo”, afirmou, lembrando que prestou depoimento no Rio após o nome de sua empresa ter sido citado na reportagem do Esporte Espetacular. “Isso é oposição. O nome do Barra Mansa está sujo. Uma entidade tão querida”, diz.

Questionado sobre o motivo que o seu nome teria sido citado por Andrinho, ele diz que o clube teria recebido um dinheiro da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que é uma ajuda de solidariedade. “Está todo mundo querendo saber onde está esse dinheiro, mas a presidência do BMFC está tentando desviar o foco”, atacou. “Eu não vou dizer que eu sou santo, mas não participei de escândalo nenhum. Eu fiz o que fiz no Barra Mansa não foi para manchar a minha imagem e nem a do Clube. Repúdio qualquer extrema no futebol. Não participo e vou colocar no Ministério Público todas as provas do dinheiro que tenho, de onde veio e para onde foi”, confessou o dono da GSportes.

Ezequias, questionado pelo A VOZ DA CIDADE, disse que não tem cópias desses investimentos no clube, mas cita que entre seus gastos (em torno desses R$ 85 mil), usou dinheiro para pagar taxa Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no valor de R$ 2,5 mil, tava de alvará na Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), no valor de R$ 5 mil, transporte, aluguel de casa, no valor de R$ 4,5 mil, uniforme, entre outros. “Nunca ganhei dinheiro que não fosse de procedência legal. Meu nome está aí por uma briga interna que acontece no Barra Mansa. Eles estão acabando com o clube”, concluiu.

ESCÂNDALO

No dia 26 de março deste ano, os munícipes de Barra Mansa foram surpreendidos durante uma matéria produzida pelo Esporte Espetacular, na Rede Globo, onde o Barra Mansa Futebol Clube apareceu com o nome citado no esquema clandestino de apostas e compras de resultados – uma máfia para favorecer alguns apostadores.

Na manhã de quinta-feira, policiais da Delegacia do Consumidor e do Grupo de Apoio ao Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao presidente do Barra Mansa Futebol Clube, o Andrinho. Ele é investigado por manipulação de resultados no futebol.

Andrinho disse ainda que é vítima de represálias de desafetos que afastou do clube. “Fiquei sabendo desse possível esquema de manipulação através da imprensa. No entanto o Barra Mansa não entrou nisso. Na época, o clube era gerido pela GSports, mas depois assumimos o comando e estamos tocando desde então”, afirma Andrinho.

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