Greve dos Correios: assembleia geral acontecerá na sexta-feira, dia 4

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SUL FLUMINENSE

A greve dos Correios prossegue. Nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) orientou todos os sindicatos a reagendarem para a sexta-feira, dia 4, nova assembleia virtual geral da categoria para avaliar o movimento de paralisação, que tem âmbito nacional e adesão em cidades do Sul Fluminense.

Segundo o Sintect-RJ, ao longo desta semana a categoria deve manter a mobilização de greve, e convoca os ecetistas a participar de atos que possam vir a ser realizados até o dia 4. “A nossa greve segue forte e precisa ser intensificada. Só a luta garantirá a manutenção dos direitos e conquistas da categoria”, informa o sindicato. Em reunião realizada na segunda-feira, entre as federações e a ministra Kátia Arruda, relatora do Dissídio Coletivo de Greve dos Correios no Tribunal Superior do Trabalho (TST), houve o compromisso da relatora pela marcação da audiência de julgamento. “Antes do julgamento, as federações apresentarão a defesa dos trabalhadores e a empresa fará suas alegações”, argumenta a Federação.

Na reunião com a ministra, os dirigentes da Findect apresentaram as dificuldades dos trabalhadores e citaram o que consideram serem prejuízos impostos pela direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). “A ministra ouviu com atenção, se comprometeu com o esforço para marcar o julgamento com brevidade, e emitir despacho sobre os descontos dos dias de greve feitos pela ECT”, alega a Findect.

IMPASSE DURA 15 DIAS

A greve dos Correios teve início no dia 18 de agosto, com paralisação parcial em diversas cidades do país. Na região há mobilização de parte dos trabalhadores em agências em Resende, Volta Redonda, Barra do Pirai e Barra Mansa. Apesar do movimento grevista, os Correios ressaltam que não há paralisação de atendimentos e, inclusive, mutirões são realizados aos finais de semana para manter a demanda de atendimento de entregas.

A categoria reivindica a manutenção de benefícios no Acordo Coletivo de Trabalho válido até 2021, retirados pela Empresa Brasileira da Correios e Telégrafos (ECT) através de liminar no Superior Tribunal Federal. Entre as cláusulas retiradas, segundo os sindicalistas, constavam tíquetes de alimentação e refeição, além do auxílio-creche.

Com o impasse, no dia 25 foi ajuizado o Dissídio Coletivo de Greve no TST, cabendo à justiça definir a questão. Na semana passada os Correios confirmaram o ajuizamento do dissídio e ressaltaram que estão mantidos os vencimentos de todos os empregados e benefícios como o auxílio-creche e os tíquetes refeição e alimentação. “Desde o início de julho, os Correios tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do ACT. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal”, informa os Correios ressaltando que os vencimentos de todos os empregados também seguem resguardados. “Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais”, frisa.

CARREATA E CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), a expectativa é pela definição favorável aos ecetistas. “Esperamos que justiça seja feita, uma vez que em nenhum momento pedimos aumento, apenas que fosse respeitado o acordo bianual, que encerra em 2021”, argumenta o diretor do Sintect no Sul Fluminense, Esmeralci Silva.

No dia 28 o Sintect promoveu uma carreata pelas ruas de Barra Mansa, com a proposta de esclarecer a população sobre os motivos da greve. A categoria não descarta, ainda, organizar ações solidárias envolvendo os ecetistas. “Nossa greve é justa, ordeira e responsável, por isso demonstra cada vez mais força. A luta continua e precisa continuar crescendo a cada dia, com a paralisação de cada vez mais trabalhadores e setores e com novas manifestações que possibilitem o contato e a denúncia direta à população”, observa o Sintect que nesta terça-feira organiza a entrega de carta aberta à população na capital fluminense.

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