Greve dos caminhoneiros eleva preço da gasolina e gera fila de clientes em postos de Resende

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A greve dos caminhoneiros autônomos segue no terceiro dia, em protesto pelo preço do óleo diesel. Com os caminhões de fornecedores retidos na estrada em pontos onde os grevistas estão reunidos, a população já sente diretamente o reflexo da alta no preço de diversos produtos, principalmente o combustível. Em Resende, a quarta-feira, dia 23, é de fila em postos com motoristas em busca da gasolina e etanol. A greve motivou a alta dos preços, com alguns estabelecimentos que ainda detém a gasolina em estoque, como o posto da Bandeira Shell, na Avenida Marcílio Dias, no Jardim Jalisco, cobrando o valor de R$ 5,152 o litro, porém no pagamento à vista ou débito, sendo R$ 4,250 a prazo. “É um absurdo este preço, surreal. O valor era R$ 3,98 dias atrás. Não tem sentido e pior que se não colocar corre o risco de ficar sem rodar, porque já tem posto sem gasolina pra vender”, criticou o cliente Marcelo Faria, 38.

No Manejo, fila nos postos com clientes aflitos para não enfrentar pane seca devido à greve – Foto: Idelfonso Pinheiro

Na Rua Gulhot Rodrigues, no Bairro Comercial, posto Bandeira Ipiranga, os preços não foram reajustados, porém o consumidor encontrava somente o etanol, ao valor de R$ 3,430 o litro – a gasolina tinha preço praticado a R$ 4,700. “Acabou a gasolina, desde terça-feira e não temos a previsão de repor o estoque por causa da greve dos caminhoneiros”, disse um frentista, que optou em não se identificar. No Manejo, o posto bandeira Petrobrás, na Avenida Coronel Mendes, houve fila pela manhã com a gasolina comum a R$ 4,829 para pagamento à vista. “Eu decidi parar e colocar uns R$ 100 de uma vez. Ouvi dizer que vai parar tudo e quis me antecipar. Acho caro o preço, essa greve dos caminhoneiros deveria fazer baixar tudo no país”, comenta o comerciante Ricardo da Silva, 45.

Na Vila Julieta, fila no acesso ao posto que ainda registra estoque de gasolina disponível – Foto: Cyntia Freitas

Na Vila Julieta, o posto da Avenida Tenente Coronel Mendes, também da bandeira Ipiranga, os motoristas encontraram gasolina ao preço de R$ 4,943. A fila de veículos tomou conta da pista marginal, sobre a ciclofaixa. O tempo médio de atendimento era de 30 minutos e muitos aproveitaram para completar o tanque.

Segundo os coordenadores da greve, a população deve abastecer veículos e reforçar o estoque de mantimentos, pois o manifesto não tem previsão de conclusão e sem os fornecedores circulando pode ocorrer falta de diversos produtos na rede comercial, de alimentos a combustíveis, inclusive o gás de cozinha.

A procura por botijões de gás P 13Kg aumentou também devido à greve e poucas revendas ainda detém estoque – Foto: Cyntia Freitas

BOTIJÃO ESCASSO

O abastecimento do gás de cozinha também está comprometido, afinal, os produtos também são entregues nas distribuidoras através da frota de caminhões. Em Resende, já há relato de produtos com preço reajustado em alguns estabelecimentos e outros sequer detém botijas em estoque. O preço médio que era de R$ 65 já está em R$ 85 em boa parte da cidade, como nos pontos de revenda na região da Vila Julieta e Itapuca.

O preço da gasolina é praticado a R$ 5,15 em alguns postos e outros enfrentam filas e falta do combustível – Foto: Idelfonso Pinheiro

5 Comentários

    • Astrogildo das Neves Em

      Pode até não ser. Mas como no Brasil prevalece a lei de Gerson onde todo mundo quer levar vantagem em tudo os donos dos postos estão aproveitando a situação já caótica em que vivemos e estão faturando um pouquinho mais em cima da gente.

  1. Fabiano Simão da Silva Em

    Sabemos que nesse pais sempre tem alguém com interesse individual.
    Essas pessoas tem que ter consciência que essa greve não e só dos caminhoneiros e si de todos nós.
    Termos que agradecer aos caminheiros que tiveram a coragem com necessidade de poder cobrar uma posição do governo, sobre um assunto sério que é o transportes rodoviários de nosso país que necessitamos. Sabemos e não damos valor a classe, por ter todos os dias os produtos necessários em nossa casa. Hoje e sempre eles estão fazendo a parte dele como Brasileiros. A invés de olhar para aqueles que estão aproveitando da situação. Vamos apoiar aos caminhoneiros e não abastecer o carro ou moto nesse lugar abusivo. Se possível não abastecer gasolina.
    Essa é a hora de nos unir para um propósito único de interesse nacional.
    Faça a sua parte.

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