Granato fala sobre investimento em ciência da tecnologia como uma das ações se eleito prefeito de Volta Redonda

Por Carol Macedo

VOLTA REDONDA

O pré-candidato a prefeito de Volta Redonda pelo Solidariedade, Washington Granato, destacou que está há 24 anos no cenário político de Volta Redonda, tendo exercido seis mandatos como vereador. Por esse motivo, ele afirma que conhece a máquina pública e que uma das coisas que a cidade do Aço precisa é se tornar a cidade da ciência e tecnologia. De acordo com ele, o município é beneficiado geograficamente por estar em uma região por onde passam 70% do Produto Interno Bruto (PIB), seja pela ferrovia ou rodovia, e que a gestão pública deveria saber utilizar isso ao seu favor.

“Muitos acreditam que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) será sempre a maior geradora de empregos e resolverá os problemas da cidade. A CSN continua sendo muito importante, porém daqui a dez ou 15 anos, esse cenário vai deixar a desejar. Por isso eu penso no investimento de uma cidade inteligente, está na hora de dar o próximo passo”, afirmou, explicando que a ciência e tecnologia são o futuro e que aqueles que sabem visualizá-lo, podem aumentar de forma gradual as arrecadações. “Temos muitos talentos no município, pessoas com pequenos laboratórios e a ideia é investir, dando o suporte, trazendo gente que lida com essa realidade”, expôs, destacando os games como investimento.

“Já entrei em contato com o Ministério de Ciências e Tecnologia. Quando falamos de cidade inteligente, não são apenas os games, falamos também da mobilidade inteligente, esgoto, água. Volta Redonda tem capacidade para isso e essa é a forma mais rápida de se gerar emprego e renda. Isso gera milhões. Nós não temos em nossa região a indústria criativa, então precisamos ser pioneiros e pegar como exemplo outros modelos que já deram certo”, ratificou.

Questionado se visa investir em indústria, o pré-candidato afirmou que na realidade pensa em um consórcio com foco regional. “Uma cidade não cresce sozinha, estamos no meio da rodovia por onde a riqueza passa, aqui é a região que mais pode crescer, temos que estar preparados para isso e a visão tem que ser regional”, afirmou.

Projetos

Granato citou ainda outros projetos que têm em mente, como educação e saúde, o que poderá favorecer diretamente na economia. Um deles é a Fundação do Alimento, que visa retirar parte da terceirização da merenda escolar. “Compraremos o produto com o comércio local e iremos produzir, o que economizará cerca de R$ 17 milhões. Queremos também implantar o ensino integral desde a creche até o 9º ano”, disse.

Na saúde, Granato destaca que não pretende manter as Organizações Sociais (OS) nos hospitais. “Se isso é responsabilidade do chefe do Executivo, não vou passar para terceiros, seria uma incompetência minha e isso também diminuiria custos. De cara é uma economia de R$ 10 milhões”, afirmou, informando que tem intenção também de fazer com que parte do Hospital Santa Margarida seja regional. “Nós ofereceríamos o espaço e o Estado faria o trabalho. Já temos um regional aqui, mas é de média e alta complexidade. A intenção é ter os tratamentos mais específicos, como, por exemplo, uma clínica do idoso, da mulher, a clínica do homem. Nós precisamos começar a trabalhar a prevenção antes da pessoa se agravar e isso também é economia”, detalhou.

O pré-candidato divulgou ainda o portal do plano de governo participativo granatovr.com.br. “Estão surgindo ideias novas e tem muitas pessoas com criatividade enorme. A gente pensa em uma coisa e vem uma pessoa que complementa com outra ideia”, expressou.

CIDADE SOLIDÁRIA

Washington Granato lembrou ainda que após a pandemia começarão tempos difíceis. “Serão dois anos para podermos nos reerguer, por isso precisaremos de uma cidade solidária e todos nós precisamos ajudar. Serão muitos desempregados. Isso vai gerar violência e fome. Temos que buscar meio de movimentar o comércio”, afirmou, acrescentando que por tantos anos como vereador, aprendeu a conhecer a máquina pública. “Eu vim da iniciativa privada, sou comerciante e empresário, venho com esse intuito de fazer as coisas acontecerem. E no Poder Público é mais fácil porque você já tem o capital do imposto e se você souber gerenciar, muita coisa boa pode acontecer”, assegurou.

Outro desafio citado por Granato foi com relação as dívidas que ficarão para o próximo gestor. “São aproximadamente R$ 3,5 bilhões de dívidas. O último que assumiu pegou uma dívida de R$ 1,7 bilhão e já teve dificuldades, será uma situação muito complicada e teremos que usar muito a criatividade para buscar soluções efetivas”, finalizou.

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