RIO DE JANEIRO
Em memória do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, que se tornou símbolo da luta por respeito e garantia dos direitos dos refugiados no Brasil, e em celebração ao Dia do Refugiado Africano e ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, será realizada, nesta terça-feira, 24 de janeiro, às 11 horas, uma Missa no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.
“Os refugiados chegam ao país não apenas esperando uma vida melhor, mas também, muitas vezes, fugindo da fome e da guerra em seus países de origem. É nosso dever garantir que possam se estabelecer e ter condição de trabalho digna para que a integração aconteça com plenitude”, ressaltou a coordenadora de Migração e Refúgio e secretária executiva do CEIPARM, Eliane Almeida.
A celebração é organizada pelo Governo do Estado do Rio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em parceria com o Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Rio de Janeiro, a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo, o Comitê Interestadual de Política de Atenção aos Refugiados e Migrantes e o Santuário Cristo Redentor.
“A missa a ser celebrada no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor será a memória de um ano de falecimento do jovem congolês Moïse, brutalmente assassinado. Será um momento de esperança para a família e de nossa solidariedade fraterna nesse momento em que se recorda a sua dor”, ressaltou o presidente da missa, Monsenhor Manuel Manangão, vigário episcopal para a Caridade Social.
Júlia Kronemberger, coordenadora de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, explica que é preciso fortalecer o combate ao trabalho escravo e ao preconceito.
“É inadmissível o que ocorreu com o Moïse. Não podemos deixar que esse crime brutal caia no esquecimento. Precisamos continuar e intensificar a nossa luta contra o racismo, a xenofobia e o trabalho escravo em nosso estado”, afirmou Júlia Kronemberger.
Após a missa, o grupo fará um ato no quiosque na Barra da Tijuca onde Moïse Kabagambe foi assassinado. O ato tem apoio ainda da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), Pares Cáritas RJ, Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Quiosque Moïse e Secretaria Especial de Cidadania da Cidade do Rio de Janeiro.