Gasolina: alta de 27,8% nas refinarias afeta preços no Sul Fluminense

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SUL FLUMINENSE

A gasolina segue como a vilã no momento de abastecer os veículos, o combustível sofre constantes reajustes pela Petrobras no valor para as refinarias e já acumula alta de 27,8% entre os dias 10 de janeiro e 19 de março desse ano, segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). Desde que a Petrobras alterou sua política de preços, passando a acompanhar as cotações internacionais dos combustíveis, a revenda de combustíveis vem respondendo à imprensa e aos órgãos de defesa do consumidor pelos aumentos. Porém, tanto as altas como as queda de preços refletem as oscilações do livre mercado.

Os cálculos da Petrobras expressam que o valor final da gasolina ao consumidor é composto em 29% de suas realizações, sendo mais 17% referente ao PIS/Cofins, 31% do ICMS, 13% do custo do etanol anidro e 10% do valor referente à distribuição e revenda. “Informamos que os preços da gasolina nos postos de combustíveis estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras, ou seja, se elas aumentam, geralmente, os postos também repassam os custos. Isto deve-se ao funcionamento da cadeia de combustíveis, que é composto por refinarias, distribuidoras e postos”, adverte a Fecombustíveis informando ainda que  pelas regras atuais, “os postos não podem comprar gasolina e diesel direto das refinarias, adquirindo apenas das companhias distribuidoras, que são responsáveis por toda a logística do abastecimento nacional em todos os estados brasileiros”.

Na prática, as refinarias comercializam a gasolina A (sem etanol anidro) para as distribuidoras. Nas bases da distribuição são adicionados 27% de etanol anidro, que após a mistura torna-se gasolina C, vendida e distribuída para os postos via caminhões-tanques. A composição de preço da gasolina reúne etanol anidro, impostos, fretes e margens. “Vale lembrar que quase 50% dos custos da gasolina são referentes aos tributos”, frisa a Federação.

MERCADO LIVRE

A entidade destaca também que os preços dos combustíveis são livres em toda cadeia, do poço ao posto. “A Fecombustíveis não interfere no mercado da revenda. Cabe a cada posto revendedor decidir se irá repassar ou não as altas ou quedas de preços ao consumidor, de acordo com as suas estruturas de custo”, diz. E neste contexto o consumidor do Sul Fluminense enfrenta a peregrinação em busca da combinação ideal de preço e qualidade.

Tomando como base os dados da análise da Fecombustíveis no período citado de janeiro a março com 27,8% de alta nas refinarias, pesquisamos os valores médios do litro da gasolina para o consumidor de sete municípios do Sul Fluminense, o que demonstrou oscilações de preços. Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média do preço do litro da gasolina praticado em Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Resende, Três Rios, Valença e Volta Redonda no mês de janeiro foi de R$ 4,862. No mês seguinte, a média foi de R$ 4,811 e até o dia 16 desse mês, preço médio de R$ 4,891.

ANÁLISE DAS CIDADES

Na análise da transição mensal de valores, de janeiro a fevereiro o preço médio da gasolina baixou -1,05% na região (de R$ 4,862/R$ 4,811). Mas, de fevereiro para março (R$ 4,862/R$ 4,891) o valor médio sofreu o reajuste de 1,66%. Por fim, de janeiro a março, o valor médio da gasolina aos consumidores nas bombas dos postos de combustíveis da região indica o reajuste de 0,60%.

No levantamento de cada cidade, a coleta mais recente realizada pela ANP ocorreu na semana de 10 a 16 desse mês. O município de Três Rios apresenta o valor médio mais em conta com R$ 4,817/l, seguido de Resende (R$ 4,848), Barra Mansa (R$ 4,866), Volta Redonda (R$ 4,902), Barra do Piraí (R$ 4,925), Valença (R$ 4,946) e Angra dos Reis (R$ 5,144).

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